Confiança do comércio cresce para o maior nível desde outubro de 2022, aponta FGV

FGV comenta que alta não é disseminada no setor, indicando que segmentos mais dependentes de crédito ainda não demonstram sinais claros de recuperação

Estadão Conteúdo

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O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 1,2 ponto em janeiro na comparação com o mês anterior, para 90,5 pontos, informou nesta terça-feira (30) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trata-se do maior nível desde outubro de 2022 (94,9 pontos).

Em médias móveis trimestrais, o índice subiu pelo segundo mês consecutivo, em 1,1 ponto, para 89,4 pontos.

“A confiança do comércio inicia 2024 em alta, mantendo a tendência positiva sustentada pelas expectativas para os próximos meses. Apesar do resultado elevar o Icom a nível acima do mesmo período do ano passado, a alta não é disseminada no setor, indicando que segmentos mais dependentes de crédito ainda não demonstram sinais claros de recuperação”, avaliou a economista do FGV Ibre Geórgia Veloso.

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De acordo com a economista, embora as perspectivas sejam mais otimistas para 2024, associadas à possível continuidade na melhora do ambiente macroeconômico, o setor ainda enfrenta desafios para a sua recuperação, devido aos elevados níveis de endividamento e às taxas de crédito ao consumidor, que impactam a retomada plena da demanda.

Expectativas melhores

O resultado positivo em janeiro foi influenciado pela melhora do Índice de Expectativas (IE-COM) que avançou 3,7 pontos, para 91,6 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (93,0 pontos).

Entre os quesitos que compõem o IE-COM, o indicador sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses foi o que apresentou maior contribuição para a alta da confiança no mês, ao avançar 5,5 pontos, para 93,0 pontos. No mesmo sentido, as perspectivas de vendas nos próximos meses avançaram em 1,9 ponto, para 90,5 pontos.

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Em direção contrária, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,5 ponto, para 89,9 pontos. A queda no ISA-COM foi influenciada pela piora nos indicadores que avaliam a situação atual dos negócios e o volume de demanda atual que caíram 1,7 e 1,3 pontos, para 91,3 e 88,7 pontos, respectivamente.