Com mercado de trabalho forte, Fed e Trump podem ser pacientes

As empresas estão no limbo. Alguns adiam investimentos e planos de expansão enquanto aguardam mais clareza

Bloomberg

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(Bloomberg) — O Federal Reserve e o presidente Donald Trump podem ter divergências sobre as taxas de juros, mas agora possuem uma coisa em comum: com o sólido mercado de trabalho nos Estados Unidos, os dois podem ser mais pacientes.

Para o Fed, os dados do mercado de trabalho de novembro que serão divulgados na sexta-feira devem sinalizar que o nível de emprego e consumo permanece dinâmico o suficiente para sustentar a expansão, validando a opinião do presidente do Fed, Jerome Powell, de que as taxas podem ser mantidas após três cortes.

Para Trump, esse quadro provavelmente reduz a urgência de um acordo comercial com a China, mesmo com investidores preocupados com um possível aumento de tarifas em 15 de dezembro, dado que as sobretaxas até agora não afetaram significativamente o mercado de trabalho dos EUA.

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Os números do Departamento do Trabalho dos EUA devem mostrar a geração de 185 mil empregos no mês passado – uma das estimativas mais altas deste ano antes da divulgação do relatório.

Embora isso reflita um impulso temporário do retorno de trabalhadores da General Motors e os ganhos tenham sido moderados em relação ao forte ritmo de 2018, os dados estão longe de sinalizar recessão, um medo que tomou conta dos mercados financeiros no início deste ano.

“Essa ainda é uma das partes mais fortes da economia – parece haver essa demanda reprimida por mão de obra”, disse Ethan Harris, chefe de pesquisa econômica global do Bank of America.

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“O que coloca um acordo em cima da mesa e leva o governo Trump a se comprometer são as preocupações com a economia. O mercado de trabalho mostra desempenho melhor do que o esperado e as ações estão perto de níveis recordes; portanto, a pressão para concluir um acordo diminuiu.”

Um fator que pesa sobre as empresas é a incerteza da guerra comercial. Esta semana, Trump sinalizou que se sente confortável em fechar um acordo comercial com a China apenas depois das eleições de 2020, embora reportagem da Bloomberg News tenha indicado que os dois lados estão mais próximos de concluir a primeira fase do pacto.

De qualquer maneira, as empresas estão no limbo. Alguns adiam investimentos e planos de expansão enquanto aguardam mais clareza.

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