Bolsonaro diz que pretende aumentar valor do Bolsa Família em 50% e não descarta nova prorrogação do auxílio emergencial

O presidente também disse que o país deverá se endividar para custear o programa social

Equipe InfoMoney

Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira que pretende dar um aumento de no mínimo 50% no valor médio do Bolsa Família e defendeu até que o país se endivide para custear o programa social. A declaração foi feita durante entrevista à rádio 89 FM, de São Paulo.

Durante a conversa, Bolsonaro afirmou que terá ainda nesta sexta uma nova reunião com a equipe econômica do governo federal para determinar o novo valor do Bolsa Família que, segundo ele, é hoje “um valor baixo”, de R$ 192.

Na semana passada, Bolsonaro já havia anunciado que o valor médio do Bolsa Família seria reajustado para acima de R$ 300.

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“Por que aumentar no mínimo 50%? Porque a inflação veio, está aqui. A inflação de alimentos bateu no mundo todo, não só no Brasil, por conta da política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois'”, afirmou, criticando as medidas de isolamento social impostas para diminuir a propagação da Covid.

Ainda de acordo com o presidente, o pagamento do auxílio emergencial, que teve quatro parcelas em 2021 e foi prorrogado até outubro deste ano, pode continuar caso a “questão da pandemia não seja dissipada”.

“A questão do auxílio emergencial e do Bolsa Família a gente tem que pensar e gastar dinheiro nisso, ou se endividar – que é a palavra mais correta –, para atender os mais necessitados, até que a economia volte à sua normalidade”, afirmou.

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A notícia não foi bem recebida pelo mercado financeiro, com aumento das preocupações acerca do teto de gastos. Por volta das 16h30, o Ibovespa operava em queda de 2,7%, a 122.298 pontos.

Nesta sexta, o ministro da Economia Paulo Guedes disse que o governo não descumprirá a regra do teto de gastos por causa do Bolsa Família.

“Os senhores podem ter certeza que não furaríamos o teto por causa do Bolsa Família, não é nada disso, isso tudo está sendo programado com muita responsabilidade”, disse o ministro a jornalistas após participar de evento no Rio de Janeiro.

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