Após decretar estado de exceção, presidente do Equador muda sede do governo e acusa antecessor e Maduro

Lenín Moreno culpou Rafael Correa e Nicolás Maduro por protestos de massa

ANSA Brasil

Bandeira do Equador (Shutterstock)

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Após ter decretado estado de exceção, o presidente do Equador, Lenín Moreno, transferiu a sede do governo da capital Quito para Guayaquil, a cerca de 430 quilômetros de distância.

Em um discurso televisivo e acompanhado pelos líderes das Forças Armadas, o mandatário disse que os protestos de massa contra o fim dos subsídios aos combustíveis são uma “decisão política organizada para romper a ordem democrática”.

“O que está acontecendo não é um episódio de descontentamento social”, declarou. Moreno também acusou seu antecessor, Rafael Correa, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de arquitetarem um “plano de desestabilização” para derrubá-lo e garantiu que não voltará atrás em suas medidas econômicas.

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A transferência da sede do governo é uma das prerrogativas do presidente em períodos de estado de exceção, que também autoriza a presença das Forças Armadas nas ruas e o fechamento de portos, aeroportos e passagens de fronteira.

O estado de exceção foi decretado em 3 de outubro, após protestos populares contra medidas econômicas do governo, principalmente o fim dos subsídios ao preço dos combustíveis.

O prazo inicial era de 60 dias, mas a Corte Constitucional o reduziu para 30. Organizações indígenas convocaram uma greve nacional para esta quarta (9) e já tiveram adesão de sindicatos e movimentos estudantis.

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A expectativa é que 20 mil índios marchem em Quito para exigir um recuo do presidente.

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