Anvisa recomenda continuidade do uso da vacina da AstraZeneca

Agência disse que monitora a situação e ressaltou que o lote que "deu início às suspensões feitas por alguns países não veio para o Brasil"

Reuters

(Mikael Sjoberg/Bloomberg)

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BRASÍLIA (Reuters) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a continuidade do uso da vacina AstraZeneca contra Covid-19 no Brasil, após ter concluído que não houve alteração no equilíbrio do benefício-risco do imunizante em meio a relatos de efeitos adversos da vacina em países europeus nos últimos dias.

Em comunicado divulgado na noite desta terça-feira em que atualiza as informações sobre o monitoramento do caso, o órgão regulador brasileiro decidiu manter o uso do imunizante, que vinha sendo aplicado por meio de autorização emergencial e recebeu aval na semana passada da agência para uso definitivo.

Segundo a Anvisa, a conclusão sobre a vacina foi reforçada após a realização de reunião entre o órgão e autoridades regulatórias de vários países e também com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

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“A reunião com as agências internacionais foi feita no âmbito da Coalizão Internacional de Agências Reguladoras, que reuniu um total de 52 representantes de outras agências”, disse a Anvisa.

“A discussão técnica apontou para a necessidade de apresentação de outros dados e o aprofundamento das investigações nos países que invocaram o princípio da precaução para suspender o uso da vacina Oxford/Astrazeneca”, acrescentou.

A agência disse que monitora a situação de todas as vacinas em uso no país e ressaltou que o lote do imunizante da AstraZeneca que “deu início às suspensões feitas por alguns países não veio para o Brasil”.

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“Nas bases nacionais que reúnem os eventos ocorridos com vacinas não há registros de embolismo e trombose que tenha relação de causa com as vacinas contra a Covid-19”, afirmou o órgão.

Diversos países europeus, incluindo os maiores membros da União Europeia –Alemanha, França e Itália– suspenderam o uso do imunizante nos últimos dias após casos isolados de hemorragia, formação de coágulos sanguíneos e baixa contagem de plaquetas em pessoas que receberam a vacina, à espera do desfecho de uma investigação da agência reguladora de medicamentos da UE sobre os casos.

Nesta terça-feira, a diretora-executiva da agência europeia EMA, Emer Cooke, disse que não há indicação de que os incidentes envolvendo a formação de coágulos, que ela chamou de “muito raros”, foram causados pela vacina, a afirmou que os benefícios do imunizante continuam a superar os riscos. A investigação da agência continua, acrescentou.

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