Afetados por reação à vacina da Johnson & Johnson buscam indenização dos EUA

A J&J disse que “analisará cuidadosamente os relatos de eventos adversos em indivíduos que recebem nossos medicamentos ou vacinas”

Bloomberg

Frascos rotulados como de vacina contra Covid-19 em frente ao logo da Johnson & Johnson em foto de ilustração (REUTERS/Dado Ruvic)

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Emma Burkey, estudante do ensino médio, recebeu a vacina de dose única da Johnson & Johnson em 20 de março. Em duas semanas, estava em coma induzido após convulsões e trombose no cérebro.

Sua recuperação é lenta. A estudante foi recentemente transferida do hospital para um centro de reabilitação, e a primeira leva de despesas totalizou US$ 513 mil. Os amigos da família da jovem de 18 anos, residente da região de Las Vegas, iniciaram a campanha GoFundMe para ajudar nas despesas médicas com o tratamento após a rara reação à vacina.

“Não sabemos o que vai acontecer com Emma, quanto tempo levará para que volte à vida normal”, disse Bret Johnson, pastor da família, que atua como porta-voz dos Burkey. Ele disse que a família acredita que os problemas foram causados pela vacina, mas ainda não foi contatada pela empresa ou pelos reguladores de saúde dos Estados Unidos, e que uma conexão não foi confirmada de forma independente.

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A família não pode contar com a J&J para cobrir os custos médicos não pagos pelo seguro por causa de uma lei de 2005 – estendida no ano passado para incluir a pandemia de Covid-19 – que protege fabricantes e empresas de saúde da responsabilidade estadual e federal em casos de emergências de saúde pública e bioterrorismo.

Em troca da imunidade para os fabricantes de vacinas, o governo federal prometeu indenização para reações adversas a tratamentos e vacinas contra o coronavírus, mas é um programa com um histórico de rejeição de queixas e exigência relativamente alta para custos de recuperação.

O programa, administrado por um escritório obscuro do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, cobre despesas médicas e salários perdidos não pagos pelo seguro. Cerca de 445 pedidos de indenização haviam sido registrados até 26 de abril por reações adversas a vacinas ou tratamentos, de acordo com a Administração de Recursos e Serviços de Saúde, que supervisiona o programa.

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Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças disseram em comunicado que as vacinas foram “rigorosamente estudadas” antes da aprovação e são “rigorosamente monitoradas agora que são usadas pela população”.

Das mais de 240 milhões de doses de três fabricantes que foram administradas nos EUA, o CDC disse que não há atualmente nenhuma morte relacionada às vacinas confirmada e que os relatos de reações alérgicas estão de acordo com os de imunizantes para outros problemas de saúde.

Mais de 8,1 milhões de pessoas receberam a vacina da J&J e até agora 17 – incluindo Burkey, disse o pastor – relataram um tipo raro de trombose. O caso de Burkey foi analisado por autoridades de saúde durante uma pausa na distribuição da vacina da J&J, disse Johnson.

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Reguladores dos EUA disseram que a vacina é segura e eficaz e continuam a investigar se há uma ligação entre o imunizante e a rara síndrome de trombose.

A J&J disse que “analisará cuidadosamente os relatos de eventos adversos em indivíduos que recebem nossos medicamentos ou vacinas”, mas não discutirá casos individuais por questões de privacidade. As reações adversas são relatadas à agência FDA e “encorajamos os pacientes a compartilharem suas experiências, pois esta informação é crítica para manter um alto padrão de segurança do produto”, disse a empresa.

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