CSN entra com ação judicial contra controlador da Usiminas por tag along

Grupo adquiriu ações do bloco de controle da companhia em novembro de 2011 e não teria realizado OPA aos acionistas minoritáiros

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – A CSN (CSNA3) entrou com ação judicial contra o Grupo Ternium para a realização de uma oferta pública por suas ações na Usiminas (USIM3, USIM5), direito que se estenderia a todos os demais acionistas ordinários da empresa.

Segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (6), o grupo acusa o controlador da Usiminas de não ter feito uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) obrigatória quando a estrutura acionária da empresa foi modificada.

O grupo pagou R$ 36,00 por ação ordinária do bloco de controle da Usiminas, totalizando cerca de R$ 5 bilhões. O valor apresentado supera em aproximadamente 90% a cotação dos ativos USIM3 em 28 de novembro de 2011, data da operação.

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No ano passado a CVM negou que a mudança no bloco controlador exigiria uma oferta pública aos demais acionistas. Mas, com a compra de 43,3% do bloco de controle da companhia, o Grupo Ternium promoveu mudanças na Usiminas, agregando novos profissionais ligados ao grupo em altos cargos executivos, além da assinatura de um novo acordo de acionistas, que resultou em um novo quadro político-societário para a Usiminas, alega a CSN.

“Exemplos disso são o poder de veto que o Grupo Ternium passou a deter sobre todas as matérias sujeitas a deliberação em Conselho de Administração ou Assembléia de Acionistas da companhia, e o fato de a CEU (Caixa dos Empregados da Usiminas) não mais desempenhar seu histórico papel no equilíbrio de poder, ao perder seu poder de desempatar grande parte das deliberações dentro do grupo de controle”, diz a CSN.