Elevação do pagamento de dividendos para R$ 325 mi anima e Copel sobe mais de 10%

A companhia aprovou pagamento de R$ 325 milhões em remuneração a acionistas a um valor correspondente a 50% do lucro líquido ajustado da empresa no primeiro semestre

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A Copel (CPLE6), empresa de energia do Paraná, vê as suas ações registrarem fortes altas na sessão desta quinta-feira (14). Às 10h26 (horário de Brasília), os papéis subiam 9,59%, a R$ 33,14, chegando a subir 12,40% na máxima intradiária. Vale ressaltar ainda o dia positivo do índice, que registra ganhos de 1,05%, a 52.776 pontos, no mesmo horário. 

O motivo para a alta das ações da Copel: a elevação do pagamento de dividendos da companhia. A companhia aprovou na última quarta-feira o pagamento de R$ 325 milhões em remuneração a acionistas, segundo ata de reunião, um valor correspondente a 50% do lucro líquido ajustado da empresa no primeiro semestre.

O valor representa um aumento ante o percentual do lucro que a empresa vinha pagando e, segundo o diretor financeiro da empresa, Luiz Eduardo Sebastiani, a política de distribuir 50% em dividendos pode continuar no futuro.

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“Esse passo inicial tem tudo para se consolidar como política de dividendos, obviamente sem afetar a nossa disciplina financeira e também uma política de investimentos de expansão da Copel”, disse em teleconferência com analistas nesta quarta-feira.

Segundo a Copel, o montante total, de R$ 145 milhões, será destinados para pagar dividendos. Também serão pagos R$ 180 milhões em juros sobre capital próprio.

O pagamento ainda deve ser ratificado em assembleia. A previsão é que o pagamento seja iniciado em 16 de dezembro aos acionistas com posição na empresa até 26 de novembro.

O valor do pagamento em dividendos é de R$ 0,50617 para os ativos ON, R$ 0,55688 para os PNA e PNB. Já para o de juros sobre o capital próprio, haverá um pagamento de R$ 0,62819 para os papéis ON e de R$ 0,69111 para a classe PNA e PNB. 

Além deste vetor, destaque ainda para outras duas mensagens positivas do diretor da empresa: a monetização dos recebíveis da CRC, que deve ocorrer nos próximos 3 a 4 meses e o leilão de energia A-1. 

(Com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.