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Escritório de investimentos que tem R$ 1 bilhão sob custódia quer ocupar espaço deixado pelos bancos

Braúna quer abrir escritórios em diversas cidades do país e atrair talentos 

Equipe InfoMoney

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Os bancos brasileiros fecharam um número recorde de agências em 2017. Mais de 1.500 locais encerraram as operações deixando para trás clientes e profissionais com décadas de experiência no mercado financeiro. O escritório Braúna Investimentos quer ocupar o espaço deixado pelos bancos nos dois lados: tanto dos clientes quanto dos profissionais.

Fundada por três ex-funcionários do Bradesco e com apenas 3 anos de atuação, a Braúna Investimentos é um escritório credenciado à XP Investimentos que já atingiu um patrimônio sob custódia no total de R$ 1 bilhão. Hoje, o escritório tem 10 assessores e está em fase de contratação de mais três — Todos com mais de uma década de atuação em grandes instituições do mercado financeiro no segmento de alta renda.

A empresa é estruturada no modelo de partnership, no qual todos os assessores que apresentam bom desempenho podem adquirir ações do escritório e se tornarem sócios. “Culturalmente, o brasileiro recém formado sonha com um bom emprego, mas existe muita insatisfação dos profissionais com a carreira no banco. Queremos ajudar na mudança de mentalidade, mostrar que as pessoas podem sonhar alto”, afirma o sócio da Braúna Caio Galli Caneiro.

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Braúna em São Paulo. Com o modelo de partnership, assessores podem adquirir ações do escritório

“A indústria mudou muito depois que a XP cresceu. É importante que o profissional tenha uma visão das novas oportunidades no mercado financeiro”, completa Caneiro. Ele conta que seis assessores que deixaram a carreira bancária e foram para a Braúna na mesma época que ele, em 2017, já se tornaram sócios com participação entre 1,5% e 3% do capital da empresa.

O objetivo do escritório é encerrar 2018 com trinta assessores e 2019, com cinquenta. “Fora do país, muitos escritórios possuem capital aberto e ações negociadas em bolsa. Temos muito a evoluir”, diz Júlio Cesar Rossi, sócio fundador da Braúna.

Para crescer, a Braúna, que é de São Paulo, quer abrir escritórios justamente onde os bancos têm fechado as operações. O primeiro escritório desse projeto de expansão é o de Belo Horizonte, aberto há nove meses. Dois ex-funcionários de banco viram valor no novo modelo de negócio e foram responsáveis por iniciar as operações nesse novo escritório.

A Braúna está negociando para abrir escritórios em Campinas e em outras praças importantes, locais em que grandes bancos fecharam operações recentemente. “Os bancos estão fechando agências e aquele cliente que busca um atendimento mais personalizado e próximo vai procurar cada vez mais assessores”, diz Rossi.

braúna_bhBraúna em Belo Horizonte. Filial é a primeira de um projeto robusto de expansão

O cliente é atendido pelo dono

Com acesso a uma plataforma que tem centenas de fundos de investimentos e dezenas de produtos de renda fixa, os assessores conseguem desenvolver soluções de acordo com as necessidades específicas de cada cliente. “Os clientes possuem necessidades distintas, e aí entra o nosso trabalho: ajudar a construir uma solução adequada para cada um” diz a sócia Catherine Menezes Cruz.

Por causa do modelo de partnership, que permite aos assessores se tornarem sócios da Braúna, o cliente que procura o escritório acaba sendo atendido pelo dono do negócio e não por um gerente. “Nesse modelo, o cliente vem em primeiro lugar. O Nosso objetivo é construir relacionamentos de longo prazo, sem conflito de interesses. Afinal, sabe que o sucesso do cliente é o seu sucesso”, afirma Caneiro.

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