Como lidar com seus medos na hora de investir

Ausência de certezas em relação a eventos futuros é um dos melhores exemplos

Equipe InfoMoney

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Autor:Glenda Ferreira, Economista e Planejadora Financeira da Levante!

“A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido”.

Essa frase é do H.P. Lovecraft, escritor norte americano que revolucionou o gênero do terror. Também é conhecido por aí como “o responsável por todos os seus pesadelos”.

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Não se assuste, não vou entrar em detalhes sobre histórias de terror. Eu mesma tenho pavor dessas narrativas.

Mas a frase que foi escrita na lousa no início de uma aula na faculdade me marcou. Por isso, encontrei aplicação ao medo do desconhecido em diversas áreas da minha vida. (Reflita um pouco e você também irá concordar).

E nos investimentos não é nada diferente.

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A ausência de certezas em relação a eventos futuros é um dos melhores exemplos.

Quem vencerá a eleição? Qual será o desdobramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China? Quais são as chances dos emergentes em um mundo cada vez mais avesso a riscos (e por que não, com país mais protecionistas e fechados)?

Com essa conjuntura e a certeza do desconhecido, acredito que você queira buscar um pouco de tranquilidade para o dinheiro que investe. E mais, ainda nem coloquei na conta todos os riscos que nem estão a nossa vista.

Pelo menos para uma parte, é importante contar com a certeza de que receberá o valor independente do que aconteça e de que não haverá oscilações no meio do caminho, não é?

Com isso mente, hoje irei falar de um investimento que você pode contar para os momentos de indefinição.

A renda fixa não é fixa

O primeiro pensamento é: o meu patrimônio está bem seguro no Tesouro Direto.

Mas logo em seguida vem o complemento da frase: “Só não entendo essas variações. Tem dia que até parece que estou no prejuízo”.

Isso porque nem a renda fixa permanece fixa sob o efeito da marcação a mercado.

A variação de preço de um dia para o outro ocorre de acordo com a expectativa do mercado (quanto acham que a taxa valerá daqui a alguns anos, por exemplo).

Então, caso você tenha que realizar a venda antes do vencimento do título, receberá a taxa estipulada no dia.

Como fugir dessa variação?

Agora, se você quer ainda mais estabilidade do que isso – sem ter preocupação com o humor do mercado no dia da venda do título – há opções também.

Ou ainda, se está aflito com o que ocorrerá daqui para a frente e prefere contar com mais tranquilidade, recorra ao Tesouro Selic.

O título é o único que garante a valorização diária com rendimento que acompanha a Selic (taxa básica de juros brasileira). Como em geral essa taxa fica acima da inflação, você garante seu retorno real – que é o que realmente importa.

Os custos são a taxa de custódia de 0,3% ao ano cobrada pela B3. E o imposto de renda que segue a tabela regressiva de renda fixa (começa em 22,5% e pode cair a 15% após 2 anos).

Há algumas corretoras que ainda cobram uma taxa extra. Como atualmente a maioria não cobra, vale pesquisar bastante antes de tomar uma decisão.

Carro-forte

Vale reforçar que a segurança do título vem devido ao órgão emissor ser o governo, que, em última instância, pode emitir mais moedas para pagar a sua dívida.

Bem diferente de quando uma empresa ou banco que emitiu a sua debênture ou CDB passam por uma crise. Em último caso, você pode contar com a ajuda do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) com algumas limitações – até R$ 250 mil por pessoa com o limite de R$ 1 milhão a cada 4 anos.

Diante de tantos pontos a favor, considere o Tesouro Selic como o seu primeiro investimento ou reserva para situações de aversão ao risco. Com essas vantagens você nem deve cogitar continuar na poupança.

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