O fundo que ganha sem que você se sinta em uma montanha-russa de volatilidade

Se você não se sente confortável diante das oscilações do mercado, conheça um investimento que tende a balançar um pouco menos em diferentes cenários

Equipe InfoMoney

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Autor:Glenda Ferreira e Felipe Bevilacqua da Levante!

Maio fez jus à sua fama na Bolsa. Em Wall Street, tem até um jargão bem popular, o “Sell in May and go away”, que em português significa venda em maio e vá embora. Ou seja, uma estratégia que consiste em vender as ações no mês e retornar apenas em outubro, evitando o período de baixa liquidez e maior volatilidade no período de férias de verão do Hemisfério Norte.

No Brasil, muita gente parece ter seguido o ditado e estar esperando as eleições para voltar a investir. Contudo, se você não se sente confortável diante das oscilações do mercado, hoje comentaremos sobre um investimento que tende a balançar um pouco menos em diferentes cenários.

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Primeiro vamos lembrar o que aconteceu: turbulência.

Lá fora, o mês de maio foi marcado por um aumento das tensões relacionadas à escalada dos juros dos títulos nos Estados Unidos, que fortaleceram as expectativas de que o FED (banco central norte-americano) poderia elevar os juros de forma mais forte (4 aumentos em 2018, alcançando o intervalo entre 2,25% a 2,50%) que o previsto. Expectativas que se mostraram mais verdadeiras com o comunicado do FED no último dia 13, quando a autoridade aumentou 0,25% a taxa de juros e sinalizou mais dois aumentos de 0,25% até o fim do ano de 2018.

Tal movimento aumentou a aversão aos riscos nos mercados emergentes.

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Por aqui, em meados de maio o Copom (Comitê de Política Monetária) surpreendeu a todos ao não reduzir a taxa de juros aliado ao discurso que levou a derrocada do dólar. Na esteira, a greve dos caminhoneiros foi responsável por uma crise de fornecimento capaz de parar grande parte das principais indústrias do país.

Como resultado, oscilações nas diferentes classes de ativos. Sem contar que estamos em ano de eleição. Geralmente, esses anos são marcados por uma maior volatilidade nos mercados de todos os lados – 2018 não está sendo diferente.

Mas, em meio à digestão de um mês de maio caótico, o cenário ainda é favorável para as empresas emitirem títulos de suas dívidas. Isso porque encontram a combinação de baixa taxa de juros e redução da atuação do BNDES. Com isso, as companhias aproveitam para trocar dívidas mais caras por financiamentos mais baratos.

E o que vemos recentemente é uma alta movimentação das emissões – ainda que devido a esse fator tenha reduzido um pouco o spread pago. Mas, ainda assim, há boas oportunidades disponíveis – como de empresas menores e empresas estreantes.

Para aproveitar esse momento com boa diversificação de carteira em diferentes perfis de papéis e riscos, podemos explorar os fundos de crédito.

Para que você tenha dimensão do tamanho do mercado, a captação dos fundos de crédito livre nos últimos 12 meses (considerando até abril) foi de R$ 8,8 bilhões. Em contrapartida, observamos a entrada líquida de minguado R$ 1,5 bilhão para fundos de títulos públicos ou papéis com grau de investimento.

Parte da explicação ao forte movimento para essa classificação de fundos é por justamente oscilarem menos. E como a Glenda já havia comentado aqui, quem não quer um pouco de tranquilidade em meio a mercados turbulentos?

Como são títulos com menos liquidez, os gestores optam por manter posições. Isso faz com que aquele entra e sai e a especulação sejam reduzidas.

Como até mesmo novos produtos estão sendo lançados tendo em vista o crescente interesse de investidores interessados, vale a cautela na escolha de seu investimento.

O tamanho do fundo/casa, quando falamos de crédito privado, é de suma importância para uma diversificação correta (muitas emissões de dívidas exigem um valor mínimo de aplicação alto).

Veja um exemplo. Um fundo com patrimônio líquido menor sofreu um evento de remarcação recente. Um CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) que entrou em Recuperação Judicial do fundo nos mostrou que a diversificação e a escolha é importante. No dia da remarcação, a cota do fundo foi de -0,65%.

Então, reforçamos que a gestão de fundos de crédito é bem mais complexa que os demais fundos do mercado (de ações, por exemplo). Portanto, a escolha da casa de investimento em conjunto com o gestor deve ser feita com muito mais cuidado e parcimônia.