CONTEÚDO DO LEITOR: Aprender a investir deveria ser brinquedo de criança

Confira o artigo publicado por Aender Pereira, de 42 anos, Consultor Financeiro e professor de Matemática no "Conteúdo do Leitor"

Equipe InfoMoney

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Autor: Aender Pereira, 42 anos, Consultor Financeiro e Prof. de Matemática

O que as escolas ensinam hoje em dia? Geografia, História, Português, Matemática, Química, etc. O que ainda falta ser ensinado? Com toda certeza, a resposta seria: o que é IPVA, IRRF, CDB, LCI, LCA, Títulos Públicos, gastar menos do que se ganha e investir a diferença, enfim, educação financeira.

Se você parar para pensar e refletir, perceberá que no mundo dos investimentos, embora pareça ter uma quantidade enorme de pessoas investindo, proporcionalmente ao número de pessoas que não investem, esse número é insignificante.

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Isso se deve a diversos fatores, dando destaque a alguns: por exemplo, as pessoas que colocam seu dinheiro na poupança achando ser um bom negócio. Ou o desconhecimento das oportunidades para compra de ativos, a crença que os funcionários dos bancos irão sempre fazer o melhor por elas, resumindo: o modelo de dinheiro que a maioria recebeu de seus pais.

Pequenos exemplos, podem ser determinantes para a definição de um perfil investidor, mesmo que ainda seja uma criança. Os pais podem através da mesada, levando em consideração a idade certa, treinar seus filhos para fazerem a gestão do dinheiro e controlar seus gastos. Quando excederem e precisarem de mais, eis que surge a oportunidade mostrar como os juros podem trabalhar a favor ou contra um indivíduo.

Suponha que a mesada seja de R$ 150,00 e antes do fim do mês a criança tenha se descontrolado e precise de mais R$ 30,00. Os pais podem adiantar o valor deduzindo do próximo mês e ainda cobrar cerca de 10%, ou seja, R$3,00 o que daria ao jovem no próximo pagamento, um valor de R$117,00. Ele entenderia que seu descontrole causou uma perda significativa e que se ele continuasse a se descontrolar, em breve, nada teria para receber e talvez até estivesse negativo com seus pais.

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Em contrapartida, um exemplo positivo seria tão válido quanto. Imagine que a criança deseja fazer um passeio em um parque e não tem dinheiro para comprar o passaporte. Seus pais podem combinar que ela faça uma economia mensal de parte de sua mesada e que em um período determinado, como prêmio, eles complementariam o que faltasse. Dessa forma ela teria a primeira oportunidade de entender o que seria um prêmio, quero dizer, juros trabalhando a seu favor quando se poupa e investe para o futuro.

Essas e outras medidas deveriam ser agregadas à educação domiciliar, objetivando extinguir de uma vez por todas, o espírito devedor e consumidor compulsivo tão característico da classe média, que impede que a riqueza se torne uma verdade na vida da maioria das pessoas. O que os pais deveriam deixar para os filhos na realidade não é apenas muito dinheiro, mas inteligência e competência para que possam fazer uma boa gestão de seus recursos no futuro.

É preciso criar filhos para que sejam independentes e é preciso que os adultos também se comportem para encontrar a liberdade financeira, dessa forma, ninguém dependerá de ninguém no futuro e o patrimônio construído por ambos, só aumentaria com o passar dos tempos, constituindo assim sua própria aposentadoria.

Prof. Aender Pereira

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