Publicidade
O primeiro pedágio com sistema de passagem livre, conhecido como free flow, no estado de São Paulo, registrou cerca de 12 mil motoristas que não pagaram a tarifa em seu primeiro mês de operação. Esse número representa aproximadamente 8,4% do tráfego total de 143 mil veículos que passaram pelo pórtico instalado em Itápolis entre 4 de setembro e 4 de outubro.
Devido a essa inadimplência, a receita do pedágio foi 7% menor do que o esperado, de acordo com a concessionária EcoNoroeste, responsável pela rodovia. Localizado no km 179 da SP-333 (rodovia Laurentino Mascari), a tarifa do pedágio é de R$ 8,90. As informações são do jornal Folha de S.Paulo
No sistema free flow, em vez de uma praça de pedágio tradicional com cancela, são utilizados pórticos com câmeras que identificam as placas dos veículos em movimento ou o sinal de tags, semelhantes aos usados em pedágios convencionais. Para veículos com tags válidas, a cobrança é feita automaticamente, enquanto motoristas sem o dispositivo têm um prazo de até 30 dias para regularizar o pagamento.
Continua depois da publicidade
O prazo para pagamento da tarifa foi regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em outubro, e as concessionárias devem disponibilizar canais digitais e físicos para facilitar a quitação. Caso a tarifa não seja paga dentro do prazo, o motorista pode receber uma multa grave de R$ 195,23 e acumular 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Segundo o jornal, a taxa de inadimplência no pedágio de Itápolis é maior do que os 6,1% registrados em junho nos pórticos da BR-101, no Rio de Janeiro.
Além do pórtico em Itápolis, uma segunda praça automática foi inaugurada em Jaboticabal no dia 1º de novembro, oferecendo um desconto de 5% para usuários de tags e uma redução progressiva no valor do pedágio de acordo com o número de viagens realizadas. O modelo free flow também será implementado no contorno sul da rodovia dos Tamoios a partir de 17 de novembro, com expectativa de inauguração nessa data.
Continua depois da publicidade
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou a intenção de expandir esse modelo para todas as rodovias estaduais, enquanto o Ministério dos Transportes sugere que as concessionárias adotem gradualmente o sistema em movimento.