O governo espanhol iniciou uma investigação para apurar o envolvimento do atacante Luiz Henrique, do Botafogo e da seleção brasileira, em uma “organização criminosa dedicada à manipulação de resultados nas apostas esportivas”. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça da Espanha, que enviou um ofício ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) detalhando a instauração do procedimento. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A investigação foi motivada por informações encaminhadas pelo MP-GO em 2023, que apontavam uma suposta ligação entre Luiz Henrique e o empresário Bruno Lopez de Moura, identificado como o chefe de uma quadrilha de manipulação de jogos. As atividades de Moura levaram à criação da Operação Penalidade Máxima, que denunciou 14 jogadores de futebol e apostadores envolvidos no esquema.
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De acordo com o Ministério da Justiça espanhol, as informações justificaram a abertura da investigação. As suspeitas sobre o brasileiro já haviam sido levantadas no ano passado, quando uma investigação da Sportsradar, empresa especializada em monitoramento de movimentações suspeitas, identificou um volume anômalo de apostas em cartões amarelos recebidos por Luiz Henrique, que jogava no Betis, da Espanha, e pelo jogador Lucas Paquetá, do West Ham, da Inglaterra.
Recentemente, o portal UOL revelou que um tio e um primo de Paquetá realizaram transferências bancárias totalizando R$ 40 mil para Luiz Henrique, dias após o atacante receber cartões amarelos jogando pelo Betis. Bruno Lopez, também conhecido como BL, e sua esposa, Camila Silva da Motta, seriam os responsáveis pelo esquema, que envolvia a combinação de resultados e apostas em sites especializados. A quadrilha atuou em partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e em campeonatos estaduais de 2023, resultando em penalizações para 22 jogadores, dos quais cinco foram banidos do futebol.