Inteligência artificial e a tomada de decisão

Há grandes apostas na IA como ferramenta que promete maior assertividade para a tomada de decisão nos mais diferentes segmentos – inclusive no trade

Danuza Machado

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Nesta semana semana, o prêmio Nobel Daniel Kahneman participará no Brasil como palestrante do evento DDB, feito em parceria com a B3.

O encontro terá como tema o uso da Inteligência Artificial (IA) na análise de dados para o processo de tomada de decisão empresarial e nos negócios, pautado na tomada de decisão que pode ser prejudicada por vieses e ruídos.

Além disso, há grandes apostas e investimentos na IA como ferramenta importantíssima, que promete maior e melhor assertividade para a tomada de decisão nos mais diferentes segmentos.

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Segundo Daniel Kahneman, Nobel de Economia e um dos pais da economia comportamental, “não vai demorar muito até que a inteligência artificial seja melhor do que as pessoas, porque ela aprende mais rápido (…) haverá cada vez mais áreas em que a inteligência artificial se tornará cada vez mais importante.”

É inegável as contribuições que este psicólogo trouxe para tantos lideres, empresários, traders e investidores.

Em seu livro “Ruído”, Kahneman afirma que as pessoas estão preocupadas com a qualidade da tomada de decisões nas organizações e, por isso, aprimoram suas ideias. E se a tomada de decisão for totalmente acidental e desenvolvida ao longo do tempo, ela será menos otimizada do que aquelas desenhadas pela melhor maneira possível, ou seja, feita por processos.

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Isso contradiz o gosto da maioria de que as decisões rápidas, ou seja, por instinto, são mais valorizadas e populares.

Valorizamos as pessoas que são intuitivas e rápidas nas decisões, mesmo podendo ser menos eficientes. Há uma preferência generalizada pela tomada de decisão intuitiva, que é mais rápida, em detrimento a tomada de decisão fundamentada no raciocínio. A tomada de decisão baseada nos processos poderá ser mais efetiva, no entanto, mais lenta.

Quando se trata de vieses, um que poderá prejudicar a assertividade na tomada de decisão é a aversão a perda, a crença de que mudanças geram perdas.

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A aversão a perda é o maior obstáculo às mudanças e, consequentemente, a adotar processos. Esse viés traz o forte desejo de manter se no conforto de uma situação, inibindo a adoção de processos que poderão tornar as decisões mais assertivas.

Enfim, avaliar a informação disponível e como usá-la, além de comparar as ideias e pensamentos com os já existentes (mesmo que contrários as suas crenças) poderá tornar a tomada de decisão mais assertiva. Dividir o problema em etapas reduzirá o erro, inibindo a intuição.

Para Kahneman, a IA tomará melhores decisões que CEOs em uma ou duas décadas. Decisões tão bem ou possivelmente melhores do que as de um CEO. “O que mais me fascina no momento é provavelmente a IA”, diz Daniel Kahneman

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Danuza Machado

Psicóloga há 25 anos e trader há quase 10 anos. Já trabalhou como Oficial Psicóloga nas Forças Armadas no Controle Emocional para Pilotos do Exército Brasileiro, também como facilitadora no processo de Desenvolvimento de Comportamentos Empreendedores para Empresários no SEBRAE-SP