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Por que Madoff deveria ser coordenador da Previdência dos EUA

A previdência social americana deve apresentar déficit no próximo ano e não terá mais recursos a partir de 2034
Por  Marcelo López -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

No final do mês passado, Bernie Madoff, autor do maior esquema Ponzi (também conhecido como pirâmide financeira) da história, que alguns chegam a avaliar em cerca de US$ 65 bilhões, pediu ao presidente Trump que reduzisse sua sentença.

Caso eu fosse presidente, não só amenizaria a sentença de Madoff, como também lhe daria um emprego: coordenador da previdência. Acho que Madoff tem as qualificações necessárias para ocupar o posto.

A previdência social americana (Social Security e Medicare) que, segundo o governo norte-americano tem “unfunded liabilities”, ou obrigações descobertas de longo-prazo, que superam os US$ 45 trilhões, deve apresentar déficit no próximo ano e não terá mais recursos a partir de 2034. E eu me preocuparia muito antes disso, já que os cálculos dos governos não são os mais exatos e levam em conta cenários muito bons até lá.

Eu venho dizendo há tempos que a única diferença entre a previdência e um esquema Ponzi é que em um a pessoa entra se quiser, enquanto o outro é de adesão compulsória. O regime oficialmente adotado no Brasil, por exemplo, é o de distribuição, em que há, por definição, um financiamento entre gerações. Em outras palavras, os últimos a entrarem vão pagando as contas dos primeiros que chegaram – definição clássica de um esquema Ponzi.

Milhões de pessoas que dependem da previdência e vêm contribuindo todos os anos para poder usufruir dela poderão ter uma surpresa. E as taxas de retorno da previdência vêm caindo e foram de menos de 3% no ano passado. Isso porque, segundo a legislação americana, esses fundos são proibidos de investir em qualquer coisa que não seja treasuries.

E o FED, terceiro banco central na história dos EUA, não está ajudando. Com sua política de juros baixos e excessiva impressão de dinheiro, empresas e pessoas que dependem dos rendimentos dos treasuries estão vendo seu dinheiro render menos, enquanto o custo de vida e de suas obrigações estão subindo – definitivamente não é uma boa combinação.

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Abaixando o custo do dinheiro artificialmente, o FED criou bolhas para todos os lados: criptomoedas, obras de arte, apartamentos multimilionários em capitais sofisticadas, ações, bonds, etc. Para tentar curar um problema que o FED criou em 2000, o próprio FED inflou uma bolha enorme que estourou em 2008. A bolha que ele está inflando agora é muito maior.

Estamos vendo hoje que o mercado está descobrindo o que já venho falando há tempos. Os níveis de endividamento corporativo, público, estudantil, de cartão de crédito, imobiliário e todos os outros estão em patamares altíssimos e, na medida em que começa a haver uma desalavancagem, a tendência é de que haja correção nos preços.

Agora é hora de ter cautela e selecionar bem. Ouro, isento do risco de contraparte e reserva histórica de valor, é parte importante de um portfólio equilibrado e vem subindo nos últimos meses. Para quem gosta de emoção, a prata pode ser uma boa alternativa.

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Disclaimer: Esse texto reflete a opinião do autor e não constitui uma sugestão, recomendação, indicação e/ou aconselhamento de investimento. Nenhuma decisão de investimento deve ser tomada com base nas informações ora apresentadas, cabendo unicamente ao investidor a responsabilidade sobre qualquer decisão que venha a tomar.

O autor detém e negocia ativos ligados ao assunto abordado em sua carteira proprietária e/ou na de clientes sob sua gestão remunerada.

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Marcelo López Marcelo López tem certificação CFA, é gestor de recursos na L2 Capital Partners, com MBA pelo Instituto de Empresa (Madrid, Espanha) e especialização em finanças pela principal escola de negócios da Finlândia (Helsinki School of Economics and Business Administration). Atuou como Gestor de Carteiras e de Fundos em grandes gestoras internacionais, tais como London & Capital e Gartmore Investment Management.

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