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Quando um campeonato termina, muita gente olha só para a taça. Mas, para quem vive o futebol por dentro, o que mais marca não é o troféu — é tudo o que ele custou, e um filme passa na cabeça, sem dúvida. Este Brasileirão, para mim, foi exatamente isso: eu tinha acabado de voltar da Europa depois de mais de uma década, e o calendário é muito mais agitado, as distâncias são muito maiores. Foi preciso uma adaptação e tanto para lidar com um campeonato de altos e baixos, de questionamentos, de noites mal dormidas, de cobranças internas e externas. Muita gente tem me perguntado como é ganhar dois grandes títulos em tão pouco tempo. Se é sorte, se é talento, se é destino, se é preparo, merecimento…
Penso que a verdade é que o futebol não é tão diferente do mundo dos investimentos: de fora, todo mundo vê o resultado. De perto, o que existe mesmo é risco, preparação e consistência, um olhar estratégico para cada movimentação.
No elenco, vivemos semanas em que a confiança parecia montanha-russa. Cada erro era analisado como se pudesse definir a temporada inteira, cada acerto precisava ser repetido no jogo seguinte, porque nada é garantido. Escolhemos acreditar no processo – e sei o quanto essa expressão é clichê, mas, na prática, é o que separa quem reage ao mercado de quem constrói futuro.
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No mundo financeiro, dizem que volatilidade não significa fracasso, significa movimento. No futebol, aprendi que é igual: oscilar faz mesmo parte.
A pergunta real é: o que você faz nos dias em que o gráfico desce? Desiste ou ajusta a estratégia? Eu ajustei. Nós ajustamos.
Cada treino virou uma oportunidade de resgatar confiança, como quem diversifica a carteira para equilibrar risco. Cada conversa entre nós, cada correção, cada reunião de vestiário… tudo isso foi aportando pequenas quantias de confiança coletiva, até que, no fim, tínhamos acumulado algo grande o suficiente para disputar o título olhando nos olhos do campeonato.
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Ganhar o Brasileirão depois de conquistar a Libertadores é a prova de que nada acontece sozinho. Não é só preparo. Não é só sorte. Não é só talento. É o encontro raro entre disciplina, coragem e a capacidade de assumir riscos quando eles valem a pena.
Comemoro esta conquista com a sensação de que venci mais do que uma competição. Venci a mim mesmo, as minhas dúvidas, os meus medos e os cenários que pareciam desfavoráveis. Assim como nos investimentos, a vida não premia quem procura atalhos. Ela premia quem mantém o plano, mesmo quando ninguém além de você acredita nele.
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