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A história do seguro no Brasil teve início com a abertura dos portos ao comércio internacional, em 1808. A primeira sociedade de seguros a funcionar no país foi a Companhia de Seguros Boa Fé, em 24 de fevereiro daquele ano, e tinha por objetivo operar com seguros marítimos.
Somente em 1850, com a promulgação do Código Comercial Brasileiro (Lei n° 556, de 25 de junho de 1850) é que o seguro marítimo foi pela primeira vez estudado e regulado em todos os seus aspectos.
A lei foi importante para o desenvolvimento da história do seguro no Brasil, pois foi a partir dela que muitas outras seguradoras passaram a operar em outros setores, além do marítimo.
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Desde a criação do Código Comercial Brasileiro até o formato que as seguradoras têm hoje, muitas águas rolaram. Mas a verdade é que a importância e o reconhecimento do valor da contratação de um seguro tem uma história mais recente, pelo menos no Brasil.
Por isso, ainda há muito espaço para expansão, em um mercado que é dominado pelas grandes seguradoras, bancos e companhias multinacionais.
Para se ter uma ideia, em um estudo realizado pela Universidade de Oxford, o Brasil é um dos países que tem o menor número de pessoas asseguradas por serviços que garantem a estabilidade financeira.
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Já o mercado de seguros de vida americano é o maior e mais competitivo do mundo e movimenta bilhões de dólares todos os anos.
Ao que parece, a preocupação do brasileiro geralmente está em proteger o patrimônio de eventos com maior probabilidade de acontecimento e não dos que trazem maior severidade. Faz, por exemplo, o seguro de um carro que pode ser roubado, mas negligencia o seguro contra incêndio da casa, seu maior patrimônio.
Além disso, não muito raro, o brasileiro contrata seguro sem observar as condições gerais ou conhecer os eventos não cobertos, exagerando em coberturas securitárias desnecessárias e deixando de cobrir eventos importantes.
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E ainda que o mercado de seguros brasileiro esteja em franco crescimento, não é difícil encontrar pessoas que acham o valor da mensalidade de um seguro de automóveis e motos, residenciais, de vida entre outros, “caro” e que preferem acreditar que imprevistos nunca acontecerão com elas.
Tomara que não, mas, caso aconteça e a pessoa não possua uma reserva para emergências, sabe-se que “caro” mesmo é não ter adquirido um seguro com antecedência.
Neste movimento em que as empresas buscam diminuir burocracias e entregar produtos mais acessíveis ao consumidor e que, em tempos modernos, precisa se utilizar de mais tecnologia, com estruturas mais enxutas, é que surgem as insurtechs (uma mistura de insurance e technology – seguros e tecnologia), empresas que oferecem produtos e serviços inovadores em seguros, entregando mais tecnologia e melhores experiências para os clientes, inclusive na gestão de riscos desse mercado.
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Talvez, o grande desafio em conscientizar as pessoas sobre a necessidade de um seguro ainda fique por conta da educação financeira.
Mas, com todos os acontecimentos ao longo deste 1º semestre de 2020, e já que o “novo normal” também mudou a forma como pensamos a vida daqui em diante, é provável que muitas pessoas já estejam refletindo sobre quais seguros devem ser considerados para fazer parte do portfólio de proteção de patrimônio. Viva.