Cesp privatizada gera alvoroço no mercado: quão longe a ação ainda pode ir?

Antes tarde do que nunca, consórcio com Votorantim e fundo canadense compram a estatal paulista  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – “Antes tarde do que nunca”, o governo de São Paulo concluiu a venda de sua participação acionária na Cesp (Cia Energética de São Paulo – CESP6) na última sexta-feira (19). O consórcio que levou a empresa, pagando R$14,60 por ação, é formado pelo fundo de pensão canadense,Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), em parceria com a Votorantim Energia.

Iniciado em 2016, o processo de transferência de controle acionário da Cesp era altamente aguardado pelo mercado financeiro e sua conclusão vem causando alvoroço no mercado (saiba mais aqui). Após todos os trâmites regulatórios, o grupo controlará 80,2% das ações CESP3 e 13,7% das CESP6, e a companhia ganhará uma nova concessão de 30 anos para a hidrelétrica Porto Primavera.

Nesta segunda-feira (22), o papel da energética era negociado com alta de 1,53%, ante +3,5% do Ibovespa. Na sexta, dispararam 16,12%. Mas analistas esperam que a movimentação positiva siga por mais algum tempo.

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Atualmente em R$ 17,92, a ação da companhia pode valer R$ 23 até o final do ano, pela estimativa-base do Morgan Stanley. Uma perspectiva mais otimista do mesmo banco fala em R$ 27 por ação – um upside de 50,67%. O Bradesco BBI tem perspectiva semelhante: o preço-alvo é de R$ 28 por ação.

Pedro Manfredini, do Itaú BBA, vê o papel em R$ 18 no final de 2018, mas acredita em valorização até R$ 23 para o ano que vem. Entre os benefícios da privatização ele e sua equipe listam: corte significativo de custos a partir de 2020; um novo contrato de concessão; e otimização na folha de balanço.

Também se fala em indenizações adicionais pelas operações das plantas de Três Irmãos, Ilha Solteira e Jupia, cujas concessões terminaram. O valor pode ser acima de R$ 8 bilhões caso a decisão da justiça seja favorável à companhia, segundo estimativas do Morgan.

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Ao mesmo tempo, o BBA destaca que a CESP6 já vem sendo negociada em linha com outras empresas privatizadas do setor e aguardam posicionamento da nova gestão sobre os próximos passos para a companhia.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney