Aval a porto da CCX pode destravar venda de minas na Colômbia

Empresa já confirmou negociações para se desfazer de seus principais projetos no país vizinho

João Sandrini

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(SÃO PAULO) – O anúncio feito nesta terça-feira pela CCX de que conseguiu aval da Agência Nacional de Infraestrutura da Colômbia para a construção de um porto privado em La Guajira pode destravar a venda das minas da empresa, disse uma fonte a par das negociações que pediu para não se identificar.

Em comunicado enviado hoje à Bovespa, a mineradora de carvão de Eike Batista diz que o porto é uma concessão de 30 anos que está condicionada apenas à emissão da licença ambiental. O projeto prevê um porto com capacidade para escoar 35 milhões de toneladas de carvão por ano e servirá para exportar o que for produzido pela empresa na Colômbia.

Em comunicados divulgados nas últimas semanas, a CCX informou que contratou assessores financeiros para buscar potenciais investidores que possam assumir o projeto de mineração subterrânea de San Juan assim como o projeto de infraestrutura logística para o escoamento da produção, que engloba uma ferrovia além do porto. A mina tem um porte gigantesco e poderia produzir 25 milhões de toneladas anuais de carvão por 25 anos. O negócio ainda não foi fechado, mas o que circula no mercado é que um eventual comprador dessa mina poderia assumir o controle de toda a empresa.

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A CCX também já anunciou que assinou um memorando de entendimento com a Transwell Enterprises para vender duas minas a céu aberto em La Guajira: Cañaverales e Papayal. A assinatura dos contratos definitivos ainda não foi anunciada ao mercado. Cada uma das minas tem capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de carvão ao ano e, juntas, representam entre 15% e 20% das reservas totais da CCX.

As ações da CCX (CCXC3) operavam, às 12h50, com alta de 2,96%, a R$ 1,39.