Workaholic fica sem rumo se perder posição profissional

Pessoas que valorizam apenas o trabalho podem se decepcionar com perdas profissionais, mas família deve ajudar. Não chegue a este extremo!

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Existem pessoas que já perderam a percepção de limite e passam horas no ambiente de trabalho. Elas simplesmente só conseguem tocar suas vidas depois de todas as questões profissionais resolvidas.

Mas isto pode ser um perigo. Viver somente para o trabalho é uma doença, e pode ter efeitos em sua saúde física, como com o desenvolvimento de uma LER (lesão por esforço repetitivo), ou mental, como estresse.

“Sete vidas”

Segundo o consultor organizacional Tom Coelho, em palestra no I ConviRH (Congresso Virtual de Recursos Humanos), as pessoas têm sete vidas, que compreendem a saúde, afetividade, carreira, lazer, comunidade, vida material e espiritual.

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“São sete momentos interdependentes e indissociáveis. Sete situações que vivenciamos todos os dias, simultaneamente, mas que muitas vezes não nos damos conta. A ausência de equilíbrio entre essas vidas gera, por exemplo, os workaholics, ou seja, profissionais que vivem com foco em suas carreiras, negligenciando familiares, amigos e a própria saúde”, alertou o profissional.

Workaholic sofre mais

Agora imagine a situação de alguém viver para o trabalho e simplesmente não conseguir ter um bom desempenho nessa “vida”. Esta pessoa, certamente, se sentirá fracassada.

Ainda de acordo com o consultor, se essas mesmas pessoas perderem a posição profissional, provavelmente ficarão sem rumo, absolutamente desmotivadas. Nesse momento, surgem a angústia, a frustração e até mesmo a depressão.

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Conclusão

E é neste momento que se percebe a importância da família ou de uma ajuda espiritual. Ao invés de chegar a este extremo, o workaholic deve ter em mente que precisa se desligar um pouco. Enquanto isso, a família deve ajudar, não somente fazendo críticas, mas buscando soluções.

Por isso, é preciso encontrar um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Os trabalhadores devem dar importância para a carreira, mas precisam saber que existem outros fatores que compõem sua vida. Dedicação no trabalho é essencial, mas esta mesma dedicação deve ser dada para a saúde, comunidade e família.