Vida profissional: dupla gestão deve ser como um casamento

Segundo headhunter, conflitos acontecem, mas são poucos, pois presidente precisa aprovar com quem vai dividir a gestão

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A hierarquia nas empresas parece um funil. Se existem diversos funcionários para fazer o trabalho mais mecânico, normalmente há apenas um executivo. Em alguns casos, porém, faz-se necessária a presença de outra pessoa para “tocar” os negócios. É neste momento que acontece a dupla gestão.

Quem pensa somente nas vantagens do cargo, como um excelente salário e mais liberdade, está se iludindo. Responsável por tudo aquilo que acontece na empresa, o presidente tem muito trabalho. Por isso, de acordo com o headhunter da Case Consultores, Ricardo Nogueira, quando as tarefas são muitas, é preciso chamar outra pessoa para ajudar. “Eles dividem as funções quando uma pessoa não dá conta. Deve ser como um casamento”.

Conflitos

Segundo o headhunter, como são duas pessoas cuidando do negócio, podem acontecer conflitos de opiniões. “Mas as brigas são poucas porque quando o 2º presidente é contratado, o 1º tem que apoiar a decisão. A escolha também é feita por ele”. As decisões devem ser tomadas em conjunto, sem que um rebata aquilo que o outro realizou. A dupla gestão precisa ser baseada no respeito.

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Em alguns casos, os conflitos ainda são minimizados pelo fato de os presidentes dividirem as decisões. Numa empresa de publicidade, por exemplo, enquanto um fica responsável pelas finanças e administração, por ter o perfil mais conservador, o outro responde pelo marketing e produção, por ser mais arrojado.

Dupla gestão

Existem várias situações que levam à dupla gestão. Ela pode acontecer, segundo o headhunter, quando a empresa não está indo bem, sem que a culpa seja do presidente, e chama-se um consultor para ajudar a recuperar a situação. “Quando a empresa se recupera com o planejamento estratégico novo, o consultor continua na empresa e faz uma dupla gestão”.

Outro ponto em que pode ocorrer a dupla gestão é quando existe uma pessoa muito boa na sucessão, que tem experiência suficiente, comportamento adequado e todos os requisitos para ocupar o cargo pela personalidade. “O objetivo, a partir daí, é que as decisões sejam tomadas em conjunto, em parceria. Eles devem pensar juntos e jogar juntos”.

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Sócios

A dupla gestão também ocorre quando a empresa é fundada por mais de uma pessoa: os sócios. Neste caso, tome cuidado com o profissional escolhido. Uma das premissas para o negócio dar certo é a harmonia. Ter os mesmos objetivos e saber discutir o momento de expandir ou quando parar devem ser decisões conjuntas. Por isso, o melhor é apostar em alguém com competência e de confiança.

A pessoa que dividirá um negócio com você deve ter habilidades que complementem as suas. Verifique a compatibilidade de gênios. Além disso, avalie as qualidades e defeitos do candidato, para saber lidar com eles.