Varejo contrata mais em julho e mostra recuperação, diz Fecomercio

Lojas de Departamento e Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos foram destaques quanto a salários

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Com a abertura de mais de 36,9 mil vagas em julho e o fechamento de pouco mais de 32 mil, as contratações do setor varejista registraram crescimento de 4,5%, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa realizada pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) e divulgada nesta segunda-feira (14).

Trata-se de um sinal da continuidade da recuperação, apesar de o percentual (4,5%) ser inferior aos resultados dos meses anteriores. Para exemplificar, em junho deste ano, haviam sido registrados 4,6%, em maio, 5,2%, e em abril, 5,6%.

Na comparação com junho deste ano, o crescimento em julho foi de 0,6%. O estudo tem por base os dados obtidos pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.

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Na opinião do estatístico da Fecomercio, Flávio Leite, o resultado permanece positivo porque as empresas varejistas acreditam que as políticas do governo de manutenção do emprego e de estímulo ao consumo interno continuam a gerar frutos.

Fatores

Um dos fatores que pode ter motivado esse aumento é o crescimento das vendas em julho último nos setores de Supermercados e de Farmácias e Perfumarias. As altas foram de 15,9% e 12,8%, respectivamente, conforme resultados da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista), também da Fecomercio.

Os dois segmentos foram responsáveis por mais de 2,1 mil vagas, sendo que Supermercados lidera com folga, com 1.993 novos postos de trabalho.

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Já o desempenho negativo das vendas nos setores de Comércio Automotivo (-26,8%) e Materiais de Construção (-23,6%) não chegou a afetar as contratações. O Comércio Automotivo fechou o mês de julho com 166 novos empregos, ao passo que Materiais de Construção registrou 502.

Rotatividade

Em julho, a rotatividade de funcionários chegou a 4,1%, uma vez que a taxa de admitidos chegou a 4,4% e a de demitidos, 3,8%.

As taxas mais altas de admissão ocorreram em Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados (5,8%) e Lojas de Móveis e Decoração (5%). Entretanto, a taxa de demissão ainda prevalece nos setores de Farmácias e Perfumarias, com 4%, e Vestuário, Tecidos e Calçados, que contrata muito, mas também perde muitos funcionários, com 4,9%. Este último ficou, portanto, com uma taxa de rotatividade de 5,3%.

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Os segmentos que obtiveram taxas de rotatividade estáveis foram Farmácias e Perfumarias, Supermercados – Alimentos e Bebidas, Móveis e Decorações e Autopeças e Acessórios.

No que tange aos salários médios nominais do varejo, a pesquisa indicou estabilidade em R$ 1.268, ante os R$ 1.274 obtidos no mês imediatamente anterior. Os destaques foram os seguintes setores: Lojas de Departamento (R$ 2.252), Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos (R$ 1.734) e Concessionárias de Veículos (R$ 1.684). Por outro lado, pagaram os menores salários em julho Supermercados, com R$ 1.070, e Materiais de Construção (R$ 1.120).