Trabalho: mais da metade das empresas irá rever sua política de expatriação

Um dos problemas apontados foi o pacote de benefícios que os profissionais recebem quando vão trabalhar no exterior

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Os profissionais interessados em conquistar um emprego no exterior devem esperar mais um pouco. Um estudo realizado pela Ernst & Young com 250 multinacionais de quatro continentes revela que 55% das empresas irão rever sua política de expatriação nos próximos seis meses.

Um dos problemas apontados pelos entrevistados foi o pacote de benefícios que os profissionais recebem quando vão trabalhar em outro país. Os dados indicam que 67% das empresas afirmam que a expectativa do colaborador não é atingida.

Outro quesito que será analisado é a relação do departamento de RH (Recursos Humanos) na seleção de candidatos a uma vaga no exterior. Somente 14% dos responsáveis por cuidar da área de expatriação nos departamentos de RH participam do processo de escolha.

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Repatriação
O estudo também revelou dados sobre o retorno dos profissionais ao seu país. Pela pesquisa, apenas 22% das empresas consideram bom o processo de repatriação. Outras 45% disseram que o processo é considerado insatisfatório.

“As empresas têm de cuidar muito bem desses funcionários que estão alocados em outro país, pois, se eles voltam antes do prazo estipulado, a companhia pode ter uma perda considerável no retorno do dinheiro investido e o funcionário pode ficar insatisfeito”, explica a gerente sênior de Human Capital da Ernst & Young Terco, Silvana Brock. Entre as localidades que registram o menor número de profissionais que voltaram antes do período estipulado, estão a América do Sul e a África.

Quando os profissionais voltam ao seu país, 38% vão trabalhar em um novo cargo da empresa. Outros 23% mudam novamente de país durante os dois primeiros anos de repatriação. Já 12% deixam a empresa, o que acarreta em uma perda considerável de investimento e de conhecimento por parte da empresa, já que esse colaborador poderia agregar valor em sua área de trabalho.

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Os entrevistados disseram ainda que houve mudanças na hora de eleger qual é a principal fase no processo de seleção a uma vaga no exterior. Em 2009, as empresas focavam na preparação (55%) e na seleção de candidatos (36%). Já em 2010, houve um mix de visões: preparação (26%), seleção dos candidatos (24%) e a candidatura por si só (27%).