Técnica de Mapas Mentais promete mais organização à vida profissional

Método usa formas, cores e estruturas, que dão pistas à memória, para que ela recupere informações que desejamos

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Uma técnica que surgiu na década de 1970, na Inglaterra, promete trazer algo que, diante da correria, muitos profissionais deixam de lado: a organização. Os Mapas Mentais foram
desenvolvidos por Tony Buzan há 40 anos, mas métodos semelhantes eram usados por Einstein, Churchill, Leonardo da Vinci, Charles Darwin e Walt Disney antes disso.

“Buzan era inglês, formado em Letras, Psicologia, Matemática e Física. Quando entrou na primeira faculdade, descobriu que, quanto mais informação detinha, a impressão era de que menos aprendia. Então, foi até a biblioteca da faculdade para estudar o cérebro humano e recebeu apenas livros de medicina. Ele pediu livros de funcionamento do cérebro, mas não havia”, contou Liz Kimura, que pratica a técnica dos Mapas Mentais há oito anos no Brasil.

Desde então, ele passou a estudar o lado direito e esquerdo do cérebro, suas particularidades e especificidades, baseado em estudo do ganhador do Prêmio Nobel, Roger Sperry. Com isso, acabou por criar os Mapas Mentais.

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O que é isso?

Nas palavras de Liz, é uma técnica que utiliza os dois lados do cérebro para reter informações. A pessoa coloca, no centro de um papel, o dado mais importante que possui e, a partir disso, começa a selecionar as informações por grau de urgência, as quais são escritas e desenhadas ao redor da informação principal. A diferença do método tradicional de organização? Podem ser usadas figuras e cores.

“No Oriente e no Ocidente, a forma tradicional de organização das idéias é linear, com palavras no papel. Nos Mapas Mentais, organiza-se a informação em ordem hierárquica. Na forma tradicional, você não tem uma visão global. Na mental, você enxerga um relacionamento entre as informações”, explicou a aplicadora da técnica.

Liz relatou que conheceu os Mapas Mentais quando estava na faculdade de Direito, a qual odiava. No último ano, decidiu largá-la. No entanto, conheceu a técnica dos Mapas Mentais e passou a estudar por meio dela. Ela contou que foi capaz de resumir um livro inteiro em uma única folha. Com a técnica, conseguiu passar no exame da Ordem dos Advogados na primeira fase e, desde então, passou a se inteirar mais acerca da metodologia, deixando a advocacia de lado.

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Ajuda ao profissional

De acordo com Liz, a técnica foi desenvolvida para ajudar a organizar idéias, desenhar projetos, anotar aulas, palestras, discursos, resumir livros, preparar exames, memorizar e recuperar dados, agrupar conceitos e definições em uma única folha de papel. Um dos benefícios incontestáveis é a economia de tempo na elaboração destas tarefas e no gerenciamento das mesmas.

Ela explica que, ao lembrarmos formas, cores e estruturas, o que acontece é que estamos fornecendo pistas necessárias à nossa memória, para que ela recupere as informações que desejamos, porque estamos usando os dois lados do cérebro nesta operação. “É possível organizar desde coisas simples até as mais complexas”, ponderou.

Para quem não se adapta ao método tradicional, a técnica pode ser uma alternativa, a ser usada em qualquer fase profissional: desde os estudos no colégio até a elaboração de um projeto para a empresa.

Tendência no Brasil

Questionada sobre a aplicação da técnica no Brasil, Liz disse que é bastante difundida nas empresas, uma vez que pode ser usada em diversos setores. Mas a tendência é de que venha a ganhar mais visibilidade com o tempo.

“Tenho ex-alunos meus que hoje ensinam a técnica e cobram cinco vezes mais do que eu. Ninguém cobra tão caro por algo que não acredite que é bom”.