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SÃO PAULO – “Estudos especializados sobre realização pessoal e profissional, conduzidos pelo mundo acadêmico, consultorias e especialistas em comportamento humano no trabalho mostram que, com mínimas exceções, há quase unanimidade na constatação de que os executivos sentem-se infelizes ou insatisfeitos com o trabalho que realizam ou a empresa onde trabalham”, explica o consultor da LCZ Desenvolvimento de Pessoas e Organizações, Paulo Celso de Toledo Jr.
Para ele, esses estudos têm como fonte de inspiração as respostas das pessoas, quando questionadas sobre como está o trabalho. “As respostas mais usuais vêm em tom de queixa: ‘estou sobrecarregado’; ‘estou correndo, como sempre’; ‘a pressão está grande’; minha agenda está um caos’; há incerteza quanto ao futuro da empresa’. Aqui e ali ainda aparece alguma notícia de um executivo que abandonou tudo”, diz.
A impressão que se tem é de que os profissionais são obrigados a escolher entre realização pessoal e profissional. A boa notícia é que esse é um falso dilema. Não é proibido ter sucesso e se realizar pessoalmente. “Podemos nos sentir realizados por que temos sucesso; e podemos ter sucesso por nos sentirmos realizados”, opina o consultor.
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Como encontrar o equilíbrio
O balanceamento entre realização pessoal e sucesso profissional pode ser viabilizado com a ajuda da empresa. O primeiro passo é achar os pontos de convergência entre as necessidades da empresa e do indivíduo. Depois, o profissional precisa equilibrar as demandas de curto prazo e os objetivos estratégicos.
É missão da empresa agir com a consciência de que o capital humano é sua principal vantagem competitiva, e isso implica ter colaboradores motivados. “Para começar, a companhia precisa identificar e definir as competências necessárias ao sucesso do negócio e aos funcionários. Essas, por sua vez, devem estar alinhadas com a missão, o código de conduta, estratégias, entre outros valores”, diz Toledo.
Após essa investigação, fica mais fácil definir os perfis necessários de profissionais, identificando a lacuna entre a situação atual e a desejada. Agora, cabe aos colaboradores explicitar seus anseios pessoais de realização.
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Com uma dose boa de diálogo e respeito, organizações e trabalhadores podem desenvolver um Plano de Desenvolvimento Organizacional e de Pessoas que contemple a sinergia entre as necessidades da empresa e os anseios individuais. “Ou seja, juntos, eles poderão construir um ‘modus vivendi’ que viabilize a coexistência de realização pessoal e profissional.”
Compromisso do grupo
“Não é uma tarefa simples e de rápida execução. Dela depende a perenidade sustentável das empresas. Por isso, deve ser um compromisso de toda a organização, e não somente do Recursos Humanos. Por sua vez, o RH deve agregar e disseminar conhecimentos, desenvolver comportamentos, introduzir metodologias adequadas e tecnologias para o desenvolvimento em questão”, completa o consultor.