Síndrome de Burnout: saiba mais do tratamento e prevenção

"Pessoa tem de aprender a interpretar emoções e comportamento de modo adequado", diz especialista

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A Síndrome de Burnout, que nada mais é do que um distúrbio psíquico causado por esgotamento físico e mental intenso associado ao trabalho, acomete cada vez mais profissionais. O que muitos deles não sabem é que ela pode ser tratada com medidas simples.

De acordo com o especialista em Medicina do Trabalho do Lavoisier Medicina Diagnóstica, Rui Bocchino Macedo, o tratamento mais indicado é o acompanhamento psicológico contínuo. “A pessoa tem de aprender a interpretar suas emoções e seu comportamento de modo adequado, refletir sobre como lidar de uma maneira melhor com sua vida”.

Colaboração das empresas

Como a síndrome está relacionada ao ambiente de trabalho, Macedo disse que as empresas também podem ajudar no tratamento, bem como na prevenção. De que maneira?

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“Criar ações para favorecer um bom clima corporativo e aliviar o estresse, propiciar condições adequadas ao desenvolvimento das atividades, investir em treinamento, ter clareza nas avaliações de desempenho e respeitar o cumprimento das férias são algumas medidas que a corporação pode incorporar”.

Ainda sobre a prevenção e tratamento da Síndrome, ele dá as seguintes orientações para os profissionais:

Mais sobre a síndrome

O termo Burnout passou a ser usado na década de 1970 pelo médico dos Estados Unidos Freudenberger, que se referia às pessoas que “se queimavam” excessivamente devido ao trabalho assistencial, a ponto de ter um desgaste intenso de energia e recursos.

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A pessoa se sente esgotada, com falta de energia e de recursos emocionais próprios para lidar com as rotinas da prática profissional. Por isso, a síndrome pode ser confundida com estresse ou depressão, mas sua característica marcante é a dedicação exagerada à atividade. Quando o profissional não é reconhecido, a satisfação acaba se transformando em uma compulsão.

“Em um primeiro momento, é preciso observar fatores como falta de vontade de ir trabalhar e sintomas físicos como dores nas costas, pescoço e coluna, sem causas específicas. Em um segundo momento, o que começa a deteriorar é o relacionamento com outras pessoas. Daí, surgem doenças psicossomáticas, como alergias e picos de hipertensão. Detectados esses sintomas, é bom procurar imediatamente um médico”.