Sexta-feira 13: como lidar com chefes que infernizam os profissionais

Saiba como domar os chefes-problema para garantir seu emprego e, principalmente, sua dignidade

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – A maioria dos profissionais já ouviu ou tem alguma história sobre o relacionamento entre chefes e empregados. Há situações em que essa relação se torna tão desgastante que estes líderes são vistos como verdadeiros protagonistas de filmes de terror.

Existem os tiranos, histéricos, safados, enrolados, entre outros. A lista é grande. E por não saberem lidar com eles, muitos profissionais acabam chegando a níveis extremos de estresse, como o desligamento da empresa.

Para o consultor e especialista em coaching, Homero Reis, antes de tomar qualquer decisão definitiva, há meios eficazes – e pacíficos – para resolver os problemas de convivência.

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Primeiramente, o profissional precisa pensar se ele tem competências para lidar com eles e se tem disposição para aprender isso. Por último, ver qual é o impacto que isso traz no seu trabalho. “O subordinado tem que pensar: ‘me incomodo com o jeito do meu chefe? Se sim, tenho paciência para aprender a lidar com ele?’. Isso irá definir se você quer mudar sua relação e torná-la mais agradável ou optar por se afastar, pois em pouco tempo ela se tornará insustentáve”, pontua.

Perfis assustadores
Após se certificar que há algo errado nessa relação, confira abaixo os perfis mais comuns dos “chefes-problema” e sabia como lidar com eles:

Preguiçoso: este líder é aquele que quase nunca está na empresa e deixa para seus subordinados suas próprias obrigações. Nesse caso, Reis ressalta que é preciso saber qual é o papel do chefe e qual o seu papel, para depois tomar providências. “Às vezes, o profissional não sabe ao certo sua função e acaba pensando que o chefe está o abusando. Normalmente, os líderes coordenam as ações dos empregados, em vez de fazer atividades parecidas com as deles”.

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Mas, se esse não for a situação, o profissional precisa fazê-lo perceber dessa distribuição injusta por meio de uma conversa amigável. “Procurar o seu chefe e mostrar a ele que esta divisão desigual está prejudicando seu desempenho nas atividades definidas para o seu cargo”, ressalta Reis.

Dramático: para aqueles chefes dramáticos, histéricos ou estressados, que fazem escândalos com frequência e tendem a multiplicar os níveis dos problemas, a maior dica, é apresentar dados de realidade. “O dramatismo acontece quando há uma interpretação inadequada da realidade. Se o profissional oferecer dados reais sobre os problemas e o que irá afetar, de fato, o nível de estresse reduzirá e, consequentemente, o seu chefe confiará muito mais em suas ações dentro da empresa”.

Mal-educado: para aqueles chefes que não medem palavras para ofender você ou toda a equipe, o melhor a fazer é estabelecer limites, deixar claro que por ser um líder, não lhe dá o direito de desmerecer ou rebaixar os colaboradores. Reis lembra que, para casos extremos, existem leis que resguardam a dignidade do profissional.

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Enrolado: existem gestores que vivem “no mundo da lua” literalmente. Não sabem os horários das reuniões, são pouco acessíveis para dúvidas e problemas da empresa, nunca estão por dentro do que acontece na equipe, entre outras características de desorganização. Como foi para o dramático, o consultor ressalta que passar dados de realidade, incluindo informações sobre as consequências de sua atitude para o rendimento da empresa, poderá minimizar essa desordem.

Tirano: o temido chefe caracterizado em filmes como “O Diabo Veste Prada”, com a terrível Miranda Priestly, interpretada por Meryl Streep, inferniza seus empregados e os fazem se desdobrarem para continuar no cargo, sempre com muita pressão e cobranças de resultados. Para isso, é aconselhável uma conversa privada com ele e lembrá-lo quais as funções de seu cargo. “Esses chefes por natureza são pessoas inseguras e, muitas vezes, é preciso que o profissional repense se ele está passando a segurança necessária ao seu líder e se ele está estabelecendo limites com as tarefas distribuidas”, alerta Reis.

“Para uma relação ser bem-sucedida entre profissional e chefe, é preciso primeiramente capacitar-se para depois capacitar o seu chefe. Isso é, se estiver seguro com seu trabalho, consequentemente, o seu chefe estará seguro em suas realizações”, afirma Reis.

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Safado: é horrível descobrir que o seu chefe assedia profissionais da equipe, mas dependendo do grau que isso ocorre, ainda dá pra contornar a situação.

“Qualquer assédio, seja moral ou físico, é uma situação delicada. O empregado, ou empregada, nessa hora precisa pensar em duas coisas: a primeira é observar qual grau e se uma conversa franca basta, impor limites ao chefe. A segunda é ver se você consegue lidar com isso, mesmo se for apenas indiretas banais. Você sempre tem que colocar em primeiro lugar sua dignidade e satisfação em estar trabalhando naquele local”, conclui.