Sem emprego, resolveu empreender? Não esqueça de se planejar!

"Abrir um negócio é um desafio, que deve ser postergado até que se tenha maturidade e capital", diz presidente da ABRH-RN

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Em tempos de crise global, um negócio próprio pode se destacar como alternativa ao desemprego, de acordo com o presidente da ABRH-DF (Associação Brasileira de Recursos Humanos do Distrito Federal), Manoel Oliveira.

Um exemplo de negócio próprio é atuar como consultor, que garante, em muitos casos, uma maior remuneração do que a de uma pessoa empregada, na opinião de Oliveira.

“Tenho visto egressos de faculdade com formação em psicologia que abrem uma pequena empresa de Recursos Humanos, ou que se colocam como consultores juniores em empresas já estabelecidas. O mesmo acontece em informática e administração, só para falar das áreas com as quais temos mais contato aqui na ABRH-DF”, afirmou.

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Ele explicou que profissionais que começam a atuar como consultores nessas áreas podem ainda não ter senioridade, mas já estão trilhando um caminho que levará a uma não dependência de um emprego. “Uma vez superada a fase inicial, o ganho é maior como consultor do que como empregado, o que leva muitos jovens a abandonarem a busca por um emprego”, afirmou.

Planejamento

Apesar de positiva, a iniciativa de abrir um negócio próprio precisa de cuidados especiais, ou melhor, de planejamento. De acordo com a presidente da ABRH-SP, Elaine Saad, não é qualquer produto ou serviço que terá bom mercado em um momento de crise econômica.

“Na prática, é preciso que o empreendedor reúna algumas características pessoais para ampliar suas chances de sucesso como empresário”, alertou.

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O empreendedorismo exige serenidade e consciência, pois há casos de pessoas que comprometem uma poupança que poderia mantê-la em um momento de crise, mediante um negócio mal-sucedido.

“Nem todos nascemos para empreender, mas, quando decidimos ir por esse caminho, é importante que o investimento seja feito em atividades que conhecemos. Sabemos que em torno de 80% das microempresas que são abertas fecham em até dois anos. Abrir seu próprio negócio é um desafio e um desejo que muitas vezes deve ser postergado até o momento em que se tenha maturidade e capital necessários para tal”, disse o presidente da ABRH-RN, Jocélio Soares.

“Tudo bem que, em época de crise, as oportunidades surgem com maior frequência, mas também a instabilidade é maior. Enfim, empreender é calcular riscos e traçar cenários futuros, uma habilidade que poucos têm”, completa Soares.