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Saques do seguro-desemprego podem cair, diz especialista

Economista do Dieese avalia que alta taxa de rotatividade contribui para elevado número de retiradas do seguro

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – A redução dos níveis de desemprego possivelmente fará com que as retiradas do seguro-desemprego recuam nos próximos anos, avaliou o economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos), Sérgio Mendonça.

Segundo a análise de Mendonça, publicada pela Agência Brasil, a alta taxa de rotatividade dos empregados, em conjunto com um nível de emprego formal elevado, faz com que um maior número de pessoas tenha acesso ao seguro-desemprego, aumentando consequentemente as retiradas.

Taxa de rotatividade
De acordo com o especialista, a alta taxa rotatividade no mercado de trabalho é um dos elementos fundamentais que colaboram para o alto número de saques do seguro-desemprego, e, por isso, a recomendação do economista é de que sejam desenvolvidas políticas que reduzam essa realidade.

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“Se temos 30 milhões de pessoas em empregos formais e uma taxa de rotatividade de 20%, serão 6 milhões de pessoas sacando o seguro-desemprego. Se tivermos 40 milhões de pessoas em empregos formais e a mesma taxa de rotatividade, serão 8 milhões de pessoas sacando o seguro”.

Trabalhar para que os trabalhadores permaneçam mais tempo no emprego e recebam melhor qualificação também são estratégias que ajudariam na busca por menores taxas de saques de seguro-desemprego.

Dados
Segundo dados do Ministério do Trabalho, em 2010, aproximadamente 7,4 milhões de trabalhadores receberam o seguro-desemprego, ao passo que em 2009 o total ficou em cerca de 7,8 milhões.