Você merece um aumento? Responda essas 7 perguntas para si mesmo e descubra

Se concluir após tudo que vai ler que ainda vale a pena pedir um aumento, marque a reunião

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – O último episódio do programa Carreiras do Mercado abordou uma questão que desperta o interesse de muitas pessoas e pode ser polêmica no ambiente de trabalho: “Como pedir um aumento?”. O convidado Renato Villalba, gerente sênior da Michael Page, consultoria de RH, apresentou a “fórmula mágica” para você conseguir o “sim”. 

Mas claro que é preciso se preparar – e pensar bem – antes de efetivamente marcar uma reunião com o seu chefe sobre o aumento de salário. “Uma avaliação própria sobre o alinhamento de expectativa é mais importante do que a decisão de pedir um aumento ou não”, afirma Villalba. 

Listamos para você as principais perguntas que você deve se fazer e as reflexões que deve desenvolver antes de querer ganhar mais, segundo as orientações do especialista em RH. Se concluir após tudo que ainda vale a pena pedir um aumento, marque a reunião. Confira: 

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a) “Você está completamente convencido de que merece um aumento?”

“Isso faz parte de uma autoavaliação como profissional em relação a resultados, números e influência”, afirmou Villalba. 

b) “Se você fosse seu funcionário se daria um aumento?” 

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Um aumento é uma negociação. Se ponha como chefe e pense se você se daria um aumento – é um exercício prático de empatia que pode elucidar algumas coisas para você mesmo. 

c) “As pessoas que mais aprendem são as pessoas que mais ouvem e não as que mais falam”. Você é assim? 

O gerente sênior afirma que é muito importante que a pessoa, quando pense em pedir um aumento, ouça a opinião de profissionais que ela admira e que são influentes. É preciso ouvir o que essas pessoas pensam sobre ela e seu trabalho. A partir disso, começa a entender o momento dela e se está bem posicionada para de fato querer ganhar mais. 

d) “O momento da empresa, da sua equipe e do seu setor é bom o suficiente para pedir um aumento?”

Para além de querer um aumento, é necessário que você avalie a situação de maneira mais global.  “Há outros fatores que devem ser levados em consideração como resultados da divisão, momento da companhia, o setor que ela se encontra, Líderes pensam de maneira ampla, entendem que todo tipo de variação na estrutura organizacional faz parte de uma grande engrenagem. Então, aumentar o salário para uma pessoa impacta em uma serie de outras coisas”, diz Villalba. 

e) “Você se comporta como um líder?” 

Ao ganhar mais a pessoa provavelmente será mais cobrada e terá mais responsabilidades. Dessa maneira, é muito importante se comportar como alguém de uma posição mais alta. “Não se trata de promoção, mas de exposição. Essa pessoa se comporta como um líder? Se comporta como alguém que é influente?  É visto como futuro gestor, diretor ou presidente?”, questiona o especialista. 

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f) “Você está se preparando para fazer a reunião?”

Todo tipo de aumento que você for pedir deve ser muito bem embasado com números, dados, fatos, acima de tudo comprovando porque você merece ganhar mais de forma estatística. Comece umas semanas antes a reunir informações e dados, olhe para seu histórico. É como se você fosse reescrever seu currículo pensando nos resultados que entregou”, explica. 

Além disso, seu chefe certamente precisa saber que é algo importante. Não pode ser uma conversa feita repentinamente, deve ser bem planejada. Marque a reunião com antecedência e em um momento que seu gestor tenha tempo para ouvir o que você tem a dizer. Tudo deve ser bem apresentado de forma concreta. 

g) “Sua empresa tem uma cultura dinâmica que aprecia promoções e aumentos de salários?” 

  1. Como parte de uma análise mais global, avalie se sua empresa tem uma cultura suscetível a aumentos e promoções. “Culturas mais meritocráticas, mais dinâmicas tendem a ser mais flexíveis e incentivadoras em relação ao aumento salarial. Enquanto, que outras valorizam mais a estabilidade das pessoas do que essa progressão de carreira. Há pessoas que pensam de todas as maneiras, que se encaixam em ambos os lugares”, explica Villalba.

Se quiser ver a entrevista na íntegra, clique aqui:

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.