Saia-justa no trabalho: saiba como agir em 10 situações

Segundo o professor de Gestão em RH, se encontrar uma situação embaraçosa é mais fácil do que se imagina. Mas para sair delas, pode ser bem complicado

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – No ambiente corporativo, existem algumas situações em que o profissional não sabe como agir. São nestes momentos que a pessoa tem vontade de enfiar a cabeça na terra e não sair de lá tão cedo.

Pensando em ajudar quem se encontra em saia-justa, o Portal InfoMoney selecionou 10 situações embaraçosas e pediu para que o professor de Gestão em Recursos Humanos e MBA da Veris IBTA, Cristiano Rosa, comentar e dar orientações para os profissionais.

Dez saias justas
Confira abaixo as saias-justa mais comuns e saiba o que fazer:

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Faltar no trabalho alegando motivo de doença e encontrar o chefe no mesmo dia em um restaurante, shopping center, entre outros: se o profissional alegou que faltou por problemas de saúde é melhor ficar em casa. “Claro que a pessoa pode ter melhorado durante o dia, mas o mais indicado é se resguardar. Se, por acaso, o encontro acontecer, chame seu chefe para um café e explique o que você está fazendo naquele local”.

Ganhar celular da empresa e não atender ligações ou não olhar e-mails fora do horário do expediente: “é preciso deixar claro que celular e notebook não são benefícios, mas ferramentas de trabalho”. O especialista explica que geralmente estes aparelhos são disponibilizados para profissionais que ocupam cargos de gestão ou são da área comercial. Para estas pessoas está subentendido que elas devem atender às ligações ou olhar os e-mails sempre que necessário. Entretanto, para evitar problemas judiciais, é fundamental que o funcionário assine um termo de como utilizar estes objetos.

Receber uma cantada do chefe: o especialista alerta que, atualmente, o “xaveco” do chefe deixou de ser uma simples cantada. “No Tribunal de Justiça é uma das principais reclamações. A cantada é vista como assédio”. Ele acrescenta que quem é alvo do chefe deve recorrer ao tribunal para ganhar seus direitos na Justiça. “Isso deixa de ser uma saia-justa e vira um problema judicial”.

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Receber uma proposta de emprego e a informação vazar para outras pessoas da empresa: Rosa explica que geralmente estas informações chegam aos ouvidos de outras pessoas porque o profissional esquece que adicionou o chefe e o colega nas redes sociais. “A pessoa comenta com alguém ou se mostra interessada em uma vaga e não lembra que tem o chefe no Facebook e LinkedIn”. O ideal é manter sigilo até a assinatura do contrato de trabalho. Mas se a proposta cair nos ouvidos de outras pessoas, o ideal é não comentar.

Participar de “vaquinhas” para comprar presentes de aniversário, despedida: não participar das “vaquinhas” não é bem visto no ambiente corporativo. Para o especialista, a pessoa tem de participar porque é politicamente correto. “Lembre-se que o seu nome não estará no cartão”. Além disso, um dia será seu aniversário e provavelmente você ficará feliz em ser presenteado. Mas isso não quer dizer que o profissional tenha de participar de todas as “vaquinhas” da empresa. O indicado é participar somente no departamento em que a pessoa trabalha.

Não convidar alguns colegas para aniversário, casamento e eles ficarem sabendo: nesta situação é melhor não se explicar. Mas para evitar a saia-justa, a pessoa deve convidar todos por e-mail geral ou colocar o convite no quadro de aviso. “Para os mais próximos, a pessoa pode entregar o convite separadamente, mas avise que haverá o convite geral e que é importante manter a discrição”. Caso apareçam pessoas que não eram esperadas no evento, o especialista diz que é sinal que o profissional é querido pelos colegas.

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Encontrar um colega da empresa em que trabalha no mesmo processo seletivo: nesta situação estão os dois no mesmo barco, assim, quanto mais explicação, pior a situação. “O mercado está aberto para todos”. A diferença é que neste momento a pessoa deixa, por uns instantes, de ser o seu amigo e se torna um concorrente. Vale destacar que os dois precisam ser discretos e não comentar o ocorrido.

Falar mal do colega no banheiro e descobrir que ele estava lá: lembre-se que as paredes têm ouvidos. Se o colega ouviu o que não devia, não tem como consertar. “Em casos assim, a emenda sai pior que o soneto”. A dica é não fazer de lugares como o banheiro, café ou áreas em comum sala do desabafo. “Pare de falar mal e cuide da sua carreira”.

Mandar o e-mail errado de um assunto particular ou sigiloso: todos estão suscetíveis ao erro. “Mas, é importante ter cuidado redobrado e checar o endereço que será enviado o e-mail”. Um conselho para evitar que algo pior aconteça é ter abaixo da assinatura do e-mail um comunicado de confidencialidade que alerte que as informações não podem ser utilizadas, divulgadas, alteradas, impressas ou copiadas, total ou parcialmente, por pessoas não autorizadas.

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Ser flagrado “xeretando” as coisas dos outros – um documento na impressora, abrindo uma gaveta ou um arquivo salvo na rede que não é seu: neste caso, o especialista explica que a gaveta do escritório não pode ser utilizada para guardar coisas pessoais. “O chefe pode mexer na gaveta, assim como o colega se ele precisar de algo relacionado ao trabalho”. Por isso, a pessoa não pode reclamar. Em relação ao documento na impressora, se ele for sigiloso é importante imprimir em uma impressora separada ou buscar rapidamente. Já se o arquivo está salvo na rede é porque todos podem ter acesso, caso contrário ele estaria salvo somente nos documentos do computador do profissional.