Publicidade
SÃO PAULO – Pesquisas mostram que o ano de 2008 será promissor na criação de empregos formais. Para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), por exemplo, o mercado de trabalho deve continuar em alta em 2008, com índice de desemprego de 9%, ante 9,5% neste ano. Mas a boa notícia é que os salários acompanharão este crescimento de novas vagas.
De acordo com o consultor do instituto de aperfeiçoamento profissional IDORT-SP, Francisco Rafael Pescuma, as empresas estão preocupadas com a remuneração e não somente com a qualificação dos profissionais. “A tendência é de ter crescimento nos salários, mas muito mais na remuneração variável do que na fixa”, disse.
A remuneração fixa é o salário do funcionário. Já a variável é algo a mais no rendimento mensal, como a participação em lucros e resultados e bonificações. “Ela está mais ligada aos resultados e as empresas estão mais abertas para negociá-la”.
Continua depois da publicidade
Como negociar?
Para conseguir esse aumento, com a remuneração variável, é preciso mostrar resultados. Além disso, no momento de negociá-la, existem cinco erros que não devem ser cometidos ou, então, as chances de conseguir o que quer serão mínimas:
- 1 – Não seja rude: Para a negociação dar certo, nada de ser rude. Apenas mostre que também é de interesse da empresa lhe dar o benefício, para mantê-lo motivado;
- 2 – Não conte histórias: Mostre apenas que está sendo mal remunerado pelo serviço que realiza;
- 3 – Não faça um teatro: Mesmo que suas emoções sejam justificáveis, não precisa dividi-las com seu chefe;
- 4 – Não se compare: Nada de pedir uma remuneração variável somente porque seu colega de trabalho ganhou. Lembre-se de que deve mostrar resultados;
- 5 – Não ameace desistir: Por que seu chefe investiria em alguém tão vulnerável?
Ano do bom profissional
Ainda de acordo com Pescuma, em 2008, haverá aumento da demanda por profissionais, principalmente por causa do crescimento da economia brasileira. Para ter competitividade, as empresas procuram investir na contratação. A busca, no entanto, é por profissionais com maior qualificação. “São vagas que exigem não só em termos de formação, mas também em cursos na área, conhecimento de tecnologia e de uma segunda língua”, afirmou.
O consultor ainda disse que há uma demanda grande em empresas de alta tecnologia, como de telecomunicações e informática. O emprego formal crescerá ou aquele que oferece melhores condições de trabalho. “Mas, a cada ano, tem gente que quer entrar no mercado de trabalho e não consegue, então, vai para a informalidade”.