Reconhecimento, pizza ou dinheiro: o que mais motiva os funcionários a serem produtivos?

Estudo mostra que dinheiro é o que menos motiva os funcionários a serem produtivos

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Um estudo da Universidade de Duke mostrou que dinheiro não é o maior motivador para que os funcionários sejam mais produtivos. Dan Ariely, professor de psicologia e economia comportamental na universidade e no MIT, foi o responsável pelo estudo interessante que deu origem a seu livro, Payoff: The Hidden Logic That Shapes Our Motivations,(ou Recompensa – a lógica oculta que molda nossas motivações, em tradução livre).

O professor conversou com os diretores de uma empresa de tecnologia para que eles testassem três tipos de motivadores: dinheiro, pizza ou reconhecimento do chefe, na tentativa de aumentar a produtividade dos funcionários.

A área da empresa selecionada para o experimento foi a fábrica de semicondutores e foi acertado com os funcionários metas de produção. Eles foram divididos em quatro grupos: o primeiro grupo, foi prometido um bônus em dinheiro; ao segundo, um voucher para uma pizza grátis; ao terceiro, uma mensagem de reconhecimento do chefe. O quarto grupo, definido como grupo de controle, recebeu apenas a meta, sem qualquer promessa de recompensa.

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Após um dia de experimento, a pizza foi a maior motivadora, aumentando a produtividade dos funcionários em 6.7% em relação ao restante dos aprticipantes. O grupo que recebeu a promessa de uma mensagem do chefe chegou perto, com um aumento de 6.6%. O pior motivador foi o bônus em dinheiro, que aumentou a produtividade em 4.9%. 

Os funcionários que receberam a promessa de bônus em dinheiro não somente apresentaram os piores níveis de produtividade como também apresentaram a maior queda no desempenho nos dias seguintes à experiência. 

Ariely acredita que o bônus em dinheiro teve menos impacto porque nós pensamos e agimos de acordo com escalas de tempo mais longas do que o dinheiro é capaz de alcançar e buscamos motivações mais duradouras, como a de encontrar significado no que fazemos ou nos sentirmos valorizados pelos nossos empregadores.

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O professor explica que o ambiente na fábrica de semicondutores era ideal para esse tipo de teste, já que o nível de produtividade dos funcionários era facilmente mensurável pelo número de chips produzidos por dia, o que não acontece em grande parte das funções administrativas, por exemplo.

No entanto, para Ariely, esse tipo de experimento mostra o quanto as empresas poderiam ganhar caso se dispusessem a testar diferentes técnicas de motivação em seus ambientes, desenvolvendo modelos e estratégias de motivação mais adequadas aos seus funcionários. 

Um programa que vai muito além da ANCORD, conectamos os alunos aprovados com escritórios parceiros da XP.

Giovanna Sutto

Jornalista com mais de 6 anos de experiência na cobertura de finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.