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SÃO PAULO – De acordo com os dados da Pnad-2007, a taxa de atividade, que representa o percentual das pessoas que podem ingressar no mercado e de fato o fazem, diminuiu de 62,3% para 62%.
Apesar da queda registrada, ela certamente não pode ser atribuída a alguma forma de desalento, aponta o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em sua primeira análise.
Isso porque houve aumento do rendimento real médio dos ocupados com remuneração e queda na taxa de desemprego, tornando plausível argumentar que esse é um movimento positivo.
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Taxa de atividade por região
Na Pnad-2007, com exceção do Centro-Oeste, todas as regiões brasileiras apresentam queda nessa taxa, que foi mais acentuada no Nordeste (0,7 pontos percentuais).
Tal fato suporta a hipótese que o programa Bolsa Família pode ter afetado o índice, na medida em que teria possibilitado o abandono de atividades precárias, antes imperativas por questões de sobrevivência.
Aumento, mas modesto
Em relação ao nível de ocupação, a Pnad aponta para uma expansão de 1,6%, passando de 89,3 milhões, em 2006, para 90,8 milhões de pessoas empregadas em 2007. Já o rendimento real médio dos ocupados com remuneração apresentou alta de 3,2%, o maior patamar desde 1996.
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Entretanto, segundo análise do Ipea, o crescimento da ocupação foi modesto, por conta da queda da taxa de atividade já mencionada, aliada à queda, marginalmente falando, da taxa de desemprego para 8,2%.
De qualquer forma, vale destacar que esse foi o menor valor para a taxa de desemprego da década atual.
Bem-estar crescente
Em relação à composição da ocupação, a Pnad-2007 aponta que houve aumento líquido dos postos de trabalhos ditos formais ou protegidos, enquanto diminuiu aqueles vinculados à informalidade.
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Dessa forma, o grau de informalidade caiu expressivamente, mantendo a tendência esboçada nos três últimos anos, analisou o Ipea, o que levou a um aumento do número de trabalhadores que contribuem para a previdência, que passou de 48,8%, em 2006, para 50,7% no ano passado.
A Pnad-2007 ainda revelou que a desigualdade de rendimentos do trabalho, entre os ocupados com rendimento, caiu de forma acentuada e contribuiu dignificativamente para a queda da desigualdade como um todo.
Em relação à atual década
Apesar de 2007 ter sido um bom ano para o mercado de trabalho, destacou o Ipea, quando confrontado com o restante da década, seu desempenho decresce em alguns aspectos, como em relação ao nível de ocupação que, pela primeira vez desde 2003, apresentou taxa de crescimento inferior à PIA (Pesquisa Industrial Anual).
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Com isso, reitera-se que a ligeira queda na taxa de desemprego em 2007 deveu-se à retração da oferta, evidenciada pela queda na taxa de atividade (ou participação).
De fato, quando se contrastam os comportamentos das taxas de participação e desemprego, a transição não tem uma conotação claramente definida.
Assim, o ano de 2007 não foi particularmente bom no que tange à capacidade de gerar empregos, mas, ainda assim, a comparação de 2001 e 2007 aponta para uma inequívoca melhora no mercado de trabalho na década atual.