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SÃO PAULO – Propagar a marca e atingir o reconhecimento. Essas são duas das principais razões que levam uma empresa a promover trabalhos voluntários a seus funcionários. Entretanto, o engajamento e a possibilidade de estreitar a relação colaborador-empregador tem um peso muito maior na balança corporativa.
Com a ideia de motivar e envolver ainda mais os seus colaboradores, as companhias optam por esse tipo de ação solidária, que requer comprometimento e organização de seus desenvolvedores para com a comunidade ou instituição ajudada.
Os benefícios em torno do trabalho voluntário são enormes, principalmente ao profissional, que poderá descobrir dentro de si talentos que ainda não haviam sido manifestados.
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“As empresas podem descobrir talentos ocultos nessas atividades, que são escondidos pelo trabalho “comum” do dia a dia. Esse indivíduo pode até ser promovido pelo seu desempenho”, afirma a consultora da DBM e responsável pelo núcleo de 3º setor da companhia, Melissa Pimentel.
O sentimento de ser voluntário
Ser voluntário em um programa da empresa é uma questão também pessoal, pois exige tempo. Muitos funcionários querem ser reconhecidos e se diferenciar dos demais, por isso, procuram este tipo de ação que os contempla com motivação e conhecimento extra.
“Essa é uma oportunidade dada ao funcionário, que pode optar por dois caminhos: ser voluntário e utilizar o conhecimento adquirido no dia a dia da corporação ou seguir por um percurso ainda inexplorado de sua carreira. Por exemplo, o executivo é responsável pela área de TI, mas em vez de desempenhar essa função no trabalho voluntário, ele pode optar por desenvolver a comunicação de uma ONG, algo que ele nunca fez na empresa”, explica Melissa.
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Carreira
No ponto de vista de carreira, defende a consultora, essa ação trará um brilho diferenciado ao currículo, por se tratar de uma ação diferente, que remete ao funcionário a imagem de preocupação com a sociedade e a disposição para com o trabalho.
Porém, antes de aceitar a função de voluntário, o profissional deve saber que compromisso e vontade são atitudes básicas nesse caminho social para a realização das tarefas.
“Ele tem que ter muita liberdade e tranquilidade para realizar as tarefas exigidas. É bom ele deixar bem claro o que pode fazer durante esse tempo ativo”, ressalta a consultora da DBM.
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Exemplos
Pode-se considerar a IBM como uma empresa que pleiteia um lugar de destaque no mundo dos programas voluntários. Seus programas se dividem em três frentes que operam nas filiais em todo o globo.
Com mais de 6000 funcionários cadastrados e mais de 330 instituições ajudadas no Brasil, o “Voluntariado Tradicional”, iniciado em 2003, é um programa que dá ao profissional a liberdade de escolher o que fazer e qual instituição ajudar.
“Damos a opção para o funcionário escolher, porque acreditamos que ele tem essa capacidade de discernimento de entender o que é bom para a comunidade”, afirma a executiva de Cidadania Corporativa da IBM Brasil, Ruth Harada.
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Neste programa, o voluntário deve dedicar, no mínimo, 40 horas do seu tempo a alguma instituição. Após seis meses de trabalho, a IBM realiza uma doação a essa entidade, além de presentea-lá com um novo equipamento de computador.
Fora do País
De acordo com Ruth, um outro programa demandado pelos profissionais da IBM é o “Voluntariado internacional”, existente desde 2008. Os indivíduos que se candidatam para o trabalho passam por uma seleção e, ao serem escolhidos, são enviados a países em desenvolvimento para a realização de atividades em prol da comunidade local.
“Queremos atingir esse nível dentro da nossa estratégia global, e só iremos conseguir se fizermos com que as pessoas saiam de suas cadeiras e busquem outros paises, vivenciem outras experiências. Queremos formar lideres que pensem diferente e tenham atitudes distintas em relação a multiculturalidade”.
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Enquanto os profissionais brasileiros são enviados a outros países, como Vietnã, China entre outros, pessoas dos diversos cantos do mundo chegam ao Brasil para realizarem o mesmo tipo de tarefa.
“Avaliamos o tipo de necessidades que elas possuem, conversamos com a instituição e avaliamos a expertise desse funcionário para o trabalho em uma instituição. Essa é a nossa troca de experiências”, afirma Ruth.
World Community Grid
Esta comunidade mundial criada em 2004 pela IBM, tem o objetivo de ajudar no avanço de pesquisas que buscam tratamentos e a cura de doenças.
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Por meio da tecnologia de grade (grid computing) do WCG, qualquer pessoa pode “doar” o tempo ocioso dos seus computadores para pesquisas como essas. A capacidade ociosa de milhares de computadores do mundo todo se transforma num imenso poder computacional que acelera o desenvolvimento de pesquisas.
Já são mais de 508 mil pessoas inscritas (Brasil está com 11 mil ) e mais de 1,517 milhão de computadores (Brasil está com 35 mil ) rodando o WCG em todo o mundo.
Segundo a companhia, o poder computacional que esses computadores forma equivale a mais de 341 mil anos de processamento doados para as pesquisas.