Profissionais do setor privado são os que mais sofrem com insônia

Por outro lado, funcionários do setor público se destacam em qualidade e quantidade do sono, o que aumenta a produtividade

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela Market Analisys revelou que micro e pequenos empresários e colaboradores do setor privado são as pessoas que mais sofrem de insônia, o que traz consequências negativas para a produtividade no trabalho.

De acordo com os dados, 40% das pessoas, no geral, dormem menos do que o necessário por noite. Dentre essas pessoas, 58% revelaram sofrer de insônia, no mínimo, uma vez por semana. Já entre os empresários e funcionários do setor privado, o nível de insônia sobe para até 50% dos contatados pela pesquisa.

Por outro lado, os funcionários que se destacaram em qualidade e quantidade do sono foram os do setor público: menos de 19% deles responderam ter dificuldades para dormir. A pesquisa ouviu 1.041 adultos, entre 18 e 69 anos, de nove capitais.

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Qualidade de vida do profissional

A pesquisa revela que a redução do período de sono gera queda da qualidade de vida e consequências negativas para a produtividade no trabalho. “Não nos defrontamos com uma moléstia individual, mas sim com um problema com repercussão séria para a economia e a qualidade de vida das forças produtivas”, disse o diretor da Market Analisys, Fabián Echegaray.

De acordo com o presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Alberto Ogata, já está comprovado que o período de sono é de intensa atividade cerebral e hormonal. “As pessoas precisam dormir para restabelecer até mesmo o equilíbrio hormonal”. Por este motivo, as conseqüências de uma noite mal dormida são várias, desde alteração de humor até a falta de apetite.

Além das conseqüências psicológicas, muitas pessoas acabam sendo prejudicadas fisicamente, com enxaqueca, problemas gastrointestinais e processos alérgicos. “Isso acontece quando a insônia é crônica, mas quando é aguda, as conseqüências são mais relacionadas ao humor”, disse Ogata.

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O que fazer?

Segundo o presidente da ABQV, hábitos saudáveis devem ser adotados para melhorar a qualidade do sono. “O profissional deve fazer relaxamento, alongamento, ter uma alimentação saudável e deve evitar trabalhar na cama. Quem faz atividade física, por exemplo, tem um sono melhor”, afirmou.

Várias abordagens podem ser feitas para melhorar a insônia. O Brasil, infelizmente, é um dos países onde mais se consome tranquilizantes, mas o uso de medicamentos deve ser a última alternativa, de acordo com Ogata.