Percentual de pessoas que estão com muito medo de desemprego chega a 30%

Indicador Medo do Desemprego ficou em 97,2 pontos, um crescimento de 4,1% ante dezembro

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O percentual de brasileiros que afirmaram estar com muito medo do desemprego aumentou de 25% em dezembro último para 30% em março, segundo o indicador Medo do Desemprego, calculado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgado nesta terça-feira (14).

Nesse mesmo período, o percentual de respondentes que disseram não estar com medo de perder o emprego recuou de 41% para 37%.

O indicador Medo do Desemprego ficou em 97,2 pontos, o que denota um crescimento de 4,1% ante dezembro do ano passado (93,4 pontos), quando o índice foi calculado pela última vez. De acordo com a metodologia do indicador, quanto maior o número, maior o medo do desemprego.

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Sobre o indicador

Na comparação com o mesmo período de 2008, quando o Medo do Desemprego obteve o menor patamar na série histórica (87,9 pontos), o medo de perder o emprego aumentou 10,5%, de acordo com a CNI. O dado atual foi calculado a partir de 2.002 entrevistas realizadas pelo Ibope, entre 11 e 15 de março, em 144 municípios de todo o Brasil. A pesquisa é realizada trimestralmente.

Apesar de ter tido dois aumentos consecutivos (em dezembro, havia crescido de 89 pontos para 93,4 pontos), o indicador se encontra no mesmo patamar verificado há dois anos. Em junho de 2007, ele obteve 97,1 pontos. Já o pico da série histórica foi registrado em maio de 1999, quando chegou a 119 pontos.

Efeito da crise

A conclusão a que chegou a CNI foi a de que os impactos da crise financeira internacional na economia brasileira foram mais sentidos no último trimestre do ano passado e nos três primeiros meses deste ano.

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“O aumento do Medo do Desemprego é consequência direta da queda do emprego nos últimos meses. O trabalhador sente que o mercado perdeu dinamismo e que, se ficar desempregado, terá mais dificuldades em se recolocar”, explica o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Para ele, o ajuste do nível de emprego é um processo em andamento, “ainda que, provavelmente, as quedas no emprego devam ocorrer em menor escala nos próximos meses”.