Paulistanos trabalharam 40,4 horas semanais em 2007; tempo não é saudável

Pesquisa mostra que cidade de SP está na terceira posição em horas trabalhadas, atrás de RJ (41,1) e Recife (41)

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Ser a maior cidade na geração de emprego não significa ser o local onde as pessoas mais trabalham. São Paulo criou 234.450 vagas em 2007, de acordo com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), mas ficou apenas na terceira posição quando o assunto foi a quantidade de horas trabalhadas por semana.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que a média foi de 40,7 horas por semana na cidade de São Paulo, quantidade abaixo da registrada no Rio de Janeiro (41,1 horas), campeão em horas trabalhadas, e em Recife, onde as pessoas trabalharam 41 horas por semana.

Em 2007, os profissionais de todo o Brasil tiveram uma jornada média mensal de 40,4 horas semanais efetivamente trabalhadas.

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Redução em quatro anos

Entre 2003 e 2007, a pesquisa do IBGE mostrou que, com exceção de Recife, em todas as áreas analisadas houve redução da jornada de trabalho semanal. Veja no quadro abaixo:

Cidade 2003 h/semana 2007 h/semana
Rio de Janeiro 41,6 41,1
Recife 41,0 41,0
São Paulo 42,0 40,7
Salvador 40,7 39,8
Porto Alegre 40,2 39,6
Belo Horizonte 39,6 38,7

Fonte: IBGE

Prejudicial para a saúde

De acordo com os dados, apenas em Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador, trabalha-se menos de 40 horas por semana, o que é considerado saudável. Segundo estudo da Agência de Saúde Pública de Barcelona, trabalhar mais de 40 horas semanais pode ser prejudicial à saúde, com conseqüências diferentes para homens e mulheres.

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De acordo com os dados, devido às longas jornadas, os homens costumam dormir menos de seis horas por dia, tempo considerado insuficiente para o descanso.

As mulheres, por sua vez, sofrem mais as conseqüências negativas: têm insatisfação com o trabalho, sintomas de ansiedade e depressão, maior probabilidade de fumar, hipertensão e não fazem exercícios físicos no tempo livre.