Para IBGE, taxa de desemprego foi menor do que a esperada para julho

Segundo o órgão, o desemprego costuma cair entre os meses de maio e agosto, mas ainda não foi o momento de inflexão

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Para o coordenador da Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Cimar Azeredo, o desemprego no País, no mês de julho, foi menor do que o previsto. No sétimo mês do ano, o desemprego registrou a menor taxa para o mês desde 2002.

“Havia uma expectativa de queda, mas isso não se confirmou nos dados da pesquisa. O desemprego costuma cair entre os meses de maio e agosto, mas ainda não foi o momento de inflexão. Houve um aumento de 86 mil pessoas ocupadas em relação a junho e uma redução de 32 mil pessoas desocupadas, mas isso não foi significativo a ponto de reduzir a taxa”, disse, segundo a Agência Brasil.

Papel da indústria
Sobre o desemprego nos próximos meses, o especialista acredita que a indústria será a responsável por puxar a queda. Segundo Azeredo, a expectativa é que o setor comece a ligar as turbinas para aumentar o parque de produção para escoar até o fim do ano. 

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“Houve pequenos pontos de aumento em algumas regiões em meses anteriores, mas em julho não há nenhum movimento visível nesse sentido”, afirmou.

No total, existem 1,4 milhão de pessoas à procura de emprego no país. Já a população ocupada somou 22,5 milhões de pessoas no mês. De acordo com ele, apesar de o mercado não ter sido capaz de absorver essa mão de obra, gerando a expansão no número de postos de trabalho que se esperava, a qualidade do emprego melhorou.