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O dilema de denunciar deslizes éticos no trabalho

Com alto índice de fraudes por colaboradores, empresas adotam canais anônimos para que funcionários digam o que há de errado. Você o usaria?

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Imagine que seu colega tenha escondido informações importantes sobre a concorrência ou que trate de maneira antiética outro companheiro de trabalho. Este é um assunto bastante delicado e que deixa os profissionais em uma situação complicada: denunciar ou não os deslizes éticos?

De acordo com estudo realizado pela consultoria KPMG, os funcionários são responsáveis por 60% das fraudes que acontecem nas empresas. E, por isso, muitas corporações têm adotado o tipo de denúncia anônima, para que os profissionais tomem coragem e digam o que presenciam sem se identificar.

Como acontece?

Em alguns casos, os funcionários contam com um canal direto para relatarem o caso. Não precisam se identificar, mas ficam a par sobre todos os passos da investigação da denúncia.

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As empresas adotam este tipo de programa para que os colaboradores possam se sentir mais seguros ao denunciar. Além disso, a imagem das corporações melhora diante de consumidores e clientes quando dizem combater deslizes éticos.

Você usaria o canal?

Esta é uma decisão particular e que deve ser repensada a cada situação vivida. Antes mesmo de usá-lo, para quem o faria, é preciso ter bem claros os conceitos éticos e analisar se os atos estão sendo prejudiciais ao ambiente empresarial.

Seria somente intriga ou o assunto é sério? Sempre se pergunte isso antes de fazer qualquer tipo de denúncia. Poderia ser resolvido apenas com uma conversa ou não? Proponha um diálogo antes de tomar a atitude.

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As dicas acima dizem respeito a situações que o envolvem, como conflitos e assédio moral, mas e quando o assunto é sobre a empresa, o que faria? Situações de roubo e má conduta são muito mais sérias do que se imagina e, por isso, tenha provas antes de culpar.

Assédio moral

Para quem percebeu alguma conduta errada na empresa, é preciso definir que tipo de ação foi essa. Muitos confundem os conflitos no trabalho com o assédio moral. Enquanto o primeiro pode ser fruto das diferentes personalidades, o segundo é erro de conduta.

O assédio moral é a exposição dos trabalhadores a situações constrangedoras e humilhantes, repetitivas e prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, e que afeta a auto-estima do trabalhador.