Veja porque seu feedback nem sempre é tão bom quanto você esperava

Especialista explica que profissionais se esquecem de considerar os pontos que prejudicam sua imagem

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – No mundo corporativo, um dos momentos mais importantes para os profissionais é a hora de sua avaliação de desempenho. Na maioria das vezes, porém, os trabalhadores avaliam sua própria performance de uma maneira muito mais positiva do que como seus chefes a avaliam.

De acordo com a palestrante e consultora de recursos humanos, Meiry Kamia, essa é uma situação bastante comum, “é uma tendência do ser humano se avaliar melhor do que ele realmente é”, diz a especialista. Isso não quer dizer que você não seja tão bom quanto pensa, mas, sim, que pode estar se esquecendo de considerar alguns pontos, sobretudo, aqueles que prejudicam sua imagem.

Na prática, o profissional só avalia as atividades que ele considera positivas, como as inúmeras vezes que ficou trabalhando até mais tarde e tudo que entregou sem ser cobrado. Ele esquece, porém, das vezes que extrapolou o horário de almoço, de todo tempo que perdeu navegando nas redes sociais e as conversas paralelas que fizeram atrasar a entrega de um ou outro pedido.

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Problemas comportamentais
Além disso, alguns pontos comportamentais – sobretudo os negativos – também são difíceis de serem notados pelo próprio profissional. “Não conseguimos ver algumas coisas em nós mesmos; tendemos a negar certas coisas; É algo quase que inconsciente”, pondera Meiry.

Têm profissionais, por exemplo, taxados como ‘o nervosinho’. Mas ele mesmo não se vê assim. Porém, quando várias pessoas da mesma equipe enxergam o profissional de uma determinada forma, isso é um forte indício de que eles podem estar certos. “A falha de percepção acontece mais quanto a pessoa se conhece pouco”, diz Meiry, lembrando que é justamente essa falha de percepção que contribui para os desequilíbrios verificados na hora da avaliação.

Do lado do gestor, é bom saber que sua avaliação é feita de forma bem fria, ou seja, ele tenta verificar qual o nível de produtividade e qualidade do trabalho do profissional. Ele observa os resultados, os números, as entregas.

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Pois bem. Apesar de ser um fato de que a avaliação pessoal tende a ser falha, é possível reduzir as diferenças de percepção – entre profissional e gestor. A dica da consultora é pedir feedbacks constantes. Quanto mais frequentes as avaliações, mais fácil de alinhar as exigências do chefe com a entrega do profissional.

Se o chefe não faz avaliações, é importante que o profissional peça. “Geralmente essas diferenças de avaliações acontecem quando não tem um feedback constante do trabalho ou quando o relacionamento com o chefe é muito distante”, diz a consultora da Career Center, Claudia Monari.

Ouça as pessoas e avalie seu trabalho
Outra atitude que ajuda é ouvir mais as pessoas. Não é só o seu chefe que pode dar dicas em que você está errando. Escutar, com maturidade, o que as pessoas falam de você e, se possível, questioná-las sobre tais opiniões, pode te ajudar a melhor seu comportamento.

Treine, também, o autoconhecimento. Para isso, pratique a observação do seu próprio trabalho. Meiry sugere uma análise bem prática. Tenha uma agenda, em que você possa anotar todas suas atividades. Ao final do dia, faça uma breve avaliação da sua produtividade, ou seja, o que conseguiu entregar e o que não conseguiu. Desta forma, você tem uma noção se sua produtividade está melhorando ou piorando.