Apresentação pessoal é o que os jovem mais temem na dinâmica em grupo

Segundo pesquisa do Nube, eles ainda consideram difíceis ter boas ideas para o trabalho em equipe e ter de aceitar opiniões diferentes

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – As palavras “dinâmica em grupo” assustam muitos profissionais, especialmente os mais jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Ter de ser apresentar a um grupo de desconhecidos e ser avaliado pelo entrevistador são o que os estagiários acham mais difícil nesta fase do processo seletivo.

Segundo um levantamento realizado pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), a resposta foi indicada por 36,57% dos entrevistados. Outras respostas apontadas foram ter boas ideias para o trabalho em equipe (26,92%), aceitar opiniões contrárias (20,48%) e expor as atividades feitas em grupo (16%).

Apesar de muitos não gostarem, não há como fugir da dinâmica, já que ela é fundamental para que as empresas possam avaliar o comportamento do candidato. É o que explica a gerente de Treinamento do Nube, Carmem Alonso.

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“Por meio de atividades lúdicas, que são paralelas à realidade corporativa, os recrutadores avaliam o comportamento dos candidatos. O importante é saber como a pessoa age em determinada situação e não qual resultado ela alcança”.

Além disso, a empresa aplica este tipo de análise para facilitar a escolha do profissional quando há muitos candidatos no processo de seleção e para manter um banco de currículos, que é necessário em caso de desistência do colaborador ou da não adaptação.

Prepare-se

A especialista explica que as dinâmicas são mais comuns para a escolha de estagiários, trainees, mas são aplicadas também em cargos de analistas e até uma coordenação júnior. Por isso, se você ainda está no início da carreira, é melhor se preparar, já que muitas dinâmicas ainda surgirão em seu caminho.

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Segundo Carmem, não existe uma fórmula pronta para que o profissional se dê bem na avaliação em grupo, mas é possível seguir algumas orientações que podem ajudar.

A primeira delas é treinar em casa uma pequena apresentação, que contenha informações como nome, onde estudou, idade e qual tipo de experiência profissional ou pessoal, como trabalho voluntário ou trabalho da faculdade, se já teve. “Apresente-se para um parente que tenha um olhar crítico e que possa ajudar. Mesmo, se a atividade for diferente na dinâmica, como contar a história em formato de filme, o básico já está estruturado na cabeça”.

Treinar também ajudará a não ter as famosas gagueiras, que entregam o nervosismo e a ansiedade. Outra dica é que a pessoa fale entre a primeira metade do grupo, ou seja, se forem 10 pessoas, fale entre os cinco primeiros, assim a pressão de conhecer os concorrentes diminui e o candidato não perde o foco.

Quem acredita que o candidato que fala mais será o selecionado está enganado. O recrutador avalia se o comentário é apropriado, se contribui para a atividade e se o profissional respeita enquanto o outro fala. Além disso, são avaliados o uso do português de maneira correta, os vícios de linguagem e as gírias.

Informações do mercado

Para não ser pego de surpresa, é importante estar antenado com as notícias do mercado e da atualidade. Caso não esteja, se a atividade for em grupo, a dica é assumir que não tinha conhecimento sobre o tema, mas que pode aprender com a situação.

Além disso, o candidato deve evitar copiar o outro, por acreditar que esta pessoa está se destacando. “O profissional tem de ser verdadeiro, as máscaras são difíceis de segurar por muito tempo”.

A especialista indica que o candidato respeite a opinião de todos, mesmo sendo contrária a sua. Neste caso, vale citar que houve divergência, mas que procuraram uma solução para chegar ao objetivo. “Este é o candidato dos sonhos, que é focado no objetivo”.

Por fim, ela aconselha utilizar aquele momento para ampliar o networking, pois, como os colaboradores trabalham na mesma área, eles podem se encontrar em algum empresa ou até mesmo indicar uma oportunidade de emprego.