Dá para construir uma carreira a partir de um hobby?

A profissão, embora seja desempenhada com um "carinho a mais", requer cuidados como qualquer outra

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SÃO PAULO – Depois de 15 anos em uma sólida carreira no mercado de comércio exterior, a administradora de empresas Camila Goulart interrompeu a trajetória por conta da maternidade. 

Neste período, encantada com a possibilidade de contar histórias e guardar recordações, a administradora começou a produzir Fotolivros – livros customizados e impressos em qualidade offset, feitos a partir de imagens digitais selecionadas – de seus momentos com a família. 

Camila mergulhou na ideia, tanto que aproveitou o novo hobby para transformá-lo em uma atividade remunerada. Nascia assim a Arte em Fotografia, empresa que a administradora toca com mais duas sócias.

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Viver de hobby como carreira pode despertar interesse em qualquer profissional, dos jovens aos mais velhos. Porém, a profissão, embora seja desempenhada com um “carinho a mais”, requer cuidados como qualquer outra.

Carreira
Para a professora do Proced (Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento), da FIA (Fundação Instituto de Administração), Dariane Castanheira, o sucesso dependerá de um planejamento prévio e, principalmente, da aceitação pública da atividade escolhida.

“Trabalhar com uma determinada tarefa que a pessoa faria sem custo algum pode parecer fácil, mas não é. Antes de tudo, ninguém tem como ficar sem dinheiro, o que remete planejamento e cautela”, aponta Dariane.

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Segundo ela, o profissional que escolher o hobby está sujeito a cair no esquecimento no caso de o seu produto não ter apelo nenhum. O ideal, explica a professora, é realizar uma análise mercadológica sobre preços, funcionários, equipamentos, entre outros.

Capacitação
Assim como em qualquer outra profissão, a pessoa não pode se expor ao mercado de trabalho se valendo, apenas, de conhecimentos parciais de sua área.

A aposentada Laurinda Moraes, 57, também encontrou no hobby a chance de uma nova remuneração e carreira. Os personagens dessa mudança foram o origami e a profissão de contadora de histórias.

Quando optou por dar essa guinada em sua vida, Laurinda recorreu aos cursos para se lançar ao mercado. “Os cursos foram essenciais para mim, pois não tinha tanta noção de como praticar ambas as atividades”, conta a aposentada.

De acordo com a professora do Proced, a atitude de Laurinda é primordial para capacitar o profissional que vive de hobby. Dariane ainda recomenda para que as pessoas pensem além da especialização de suas atividades, as complementando com cursos de gestão e comunicação.

“Os cursos abrem um leque de possibilidades aos profissionais. Além disso, eles devem aproveitar a internet para o marketing dos negócios”, conclui Dariane.