No Brasil, desemprego atinge mais quem terminou o ensino médio, diz OCDE

Taxa de desemprego entre os que concluíram o ensino médio é de 6,1%; entre os que não concluíram, é de 4,7%

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SÃO PAULO – A taxa de desemprego entre os brasileiros que terminaram o ensino médio é maior do que entre aqueles que não concluíram essa etapa do ensino, segundo revelam dados divulgados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

No Brasil, o índice de desemprego entre os que concluíram o ensino médio é de 6,1%, enquanto que a taxa entre os que não concluíram é de 4,7%.

Na comparação com as taxas apuradas entre os países membros da OCDE, o percentual de desempregados brasileiros com ensino médio é maior, já que a taxa daqueles países é de 4,9%. Entre os que não possuem, ela é de 8,7%.

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Homens e mulheres
Por gênero, as taxas de desemprego ficam em 6,9% entre as mulheres e em 3,4% entre os homens no Brasil. Considerando as pessoas que terminaram o ensino médio, a taxa de desemprego feminina é de 8,5%, enquanto que a masculina é de 3,9%.

Nos países membros da OCDE, a média é de 5,7% e 4,6%, para mulheres e homens, respectivamente.

Explicações
Segundo o economista da divisão de indicadores e análises sobre educação da OCDE, Etienne Albiser, o fato do Brasil ir na contramão da tendência verificada na maior parte dos países membros da Organização, nos quais o maior nível de formação educacional garante maiores chances de emprego, se dá por conta da estrutura econômica brasileira.

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Para ele, conforme publicado pela Agência Brasil, a economia brasileira teria mais “necessidade de uma mão de obra menos qualificada, embora não existam estatísticas a respeito”. Além disso, de acordo com a OCDE, pelo menos dois terços das pessoas entre 25 e 64 anos no Brasil não têm ensino médio.

O estudo da OCDE foi realizado com 38 países, sendo 31 membros da OCDE e sete parceiros em estudos sobre educação.