Nem vertical, nem horizontal: a moda agora é trabalhar em rede

Flexíveis, essas companhias valorizam a autonomia e a liberdade de seus colaboradores atraindo cada vez mais talentos

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Se você não se adequava a estrutura piramidal (vertical) das empresas por achar esse modelo de trabalho careta demais ou tão pouco gostava do modelo matricial (horizontal), em que as companhias apresentam uma série de núcleos e centros de operações burocráticos, talvez a melhor solução para sua carreira seja, definitivamente, trabalhar em uma empresa estruturada em rede.

O conceito ainda é recente entre os empresários do País, mas já conquistou alguns adeptos de renome justamente por permitir uma maior autonomia e liberdade de criação para seus contratados.

“O Google e a Toyota já adotaram esse modelo em rede”, conta a consultora associada da Muttare, Roberta Yono Ebina, que garante ser esse tipo de estrutura o mais eficaz para uma empresa nos tempos atuais.

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Sem cargos
Ao que parece, as empresas estruturadas em rede não valorizam os cargos, mas sim as responsabilidades de cada indivíduo. Assim, as estruturas de poder têm fim e todos os colaboradores entendem que estão lá para atender o cliente e dar uma resposta rápida para o mercado.

“Ao invés de comando, esse modelo valoriza a autonomia e a responsabilidade. As lideranças deixam de estar no comando para serem servidas e passam a servir seus contratados”, explica a profissional.

Atrai mais talentos
Por serem ágeis, enxutas e aproveitarem seus talentos, respeitando os profissionais exatamente como são, esse tipo de modelo estrutural costuma atrair cada vez mais colaboradores.

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“Eu não preciso fingir que não sou brava, que estou contente quando não estou ou me maquiar, se eu não gostar tanto de maquiagem”, comenta Roberta.

Segundo ela, nessas companhias o que prevalece é a maneira como o profissional contribui para a sua organização. Ou seja, os resultados é que importam, assim como a competência dos trabalhadores.

“Essa estrutura perpetua as organizações por primar pelo autodesempenho. A rede é considerada um circulo virtuoso, pois transforma uma empresa no melhor lugar para se trabalhar”, conta a consultora da Muttare.

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Outras vantagens
Um outro benefício para os profissionais que optam por trabalhar nesse tipo de organização diz respeito à velocidade de seu crescimento na empresa. Nessas estruturas, ao invés de crescerem na vertical, ganhando cargos, o colaborador cresce em conhecimento.

“O dia a dia do trabalho é mais enriquecedor e apesar da existência de faixas salariais para viabilizar um plano de carreira, o profissional não se torna chefe de ninguém. Ele cresce em termos de experiência e know-how, tendo uma maior amplitude de seu trabalho e, consequentemente, ganhando mais benefícios da empresa”, diz a especialista em soluções de RH da De Bernt Entschev Human Capital, Renata Perrone.

Para ela, é nesse tipo de estrutura que os profissionais pró-ativos costumam ter mais visibilidade e retorno de suas ideias e projetos. “Os colaboradores com esse perfil costumam ser barrados em empresas verticais, sendo taxados de metidos ao darem ‘pitacos’ em outras áreas”, comenta Renata, que explica que nas empresas em rede a situação é bem diferente.

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“Nestas, os profissionais mais colaborativos e maduros costumam se destacar, afinal, as companhias estão à procura de pessoas que consigam pensar nos resultados como um todo e não individualmente”, conclui a especialista em soluções de RH da De Bernt Entschev Human Capital.