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SÃO PAULO – De acordo com a PNAD 2005 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres representam 51,3% da população do País. Entre as pessoas com 60 anos ou mais, essa proporção sobe para 56,1%.
Segundo o estudo, o Norte apresenta a menor diferença entre o número de homens e mulheres. Nessa região, as mulheres somam 50,4%, mas entre o grupo com 60 anos ou mais, esse nível sobe para 51,2% da população, mesmo assim, abaixo das outras regiões. Na outra ponta, aparecem o Sudeste, onde 57,6% dos idosos são mulheres, Sul (56,4%), Nordeste (55%) e Centro-Oeste (52,8%).
Mulheres no mercado de trabalho
Esse resultado pode ter influenciado o nível de ocupação entre os sexos. Ainda segundo o estudo, o nível geral ficou acima do que foi verificado em 1995 exatamente em razão do desempenho das mulheres.
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Enquanto a ocupação do público feminino de 10 anos ou mais de idade passou de 44,6%, em 2004, para 46,4%, no ano passado, o nível entre os homens baixou de 71,3% para 68,1% no mesmo período de análise.
Apesar de a proporção entre as faixas abaixo de 25 anos e na de 60 anos ou mais ter diminuído nesses 10 anos, a parcela feminina cresceu. Segundo o IBGE, esse nível aumentou para esse público entre 20 e 59 anos, mas caiu para as mulheres com menos de 20 anos e com 60 anos ou mais.
Participação feminina no comércio
O principal setor responsável pela modificação na composição por gênero foi o comércio. Entre 1995 e 2005, a participação das mulheres subiu de 32,9% para 38,3%, ou 5,4 pontos percentuais.
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Em construção, a participação feminina saltou de 2,4% para 2,6%, na indústria, de 34% para 36,5%, em serviços, de 56% para 57,1%. Em serviços domésticos, a parcela feminina passou de 93,2% para 93,4%, enquanto o setor agrícola foi o único em que foi registrado recuo: de 34,3%, em 1995, para 33% no ano passado.
Menos horas trabalhadas
Nestes 10 anos, mais mulheres vêm trabalhando menos de 40 horas semanais. Esse nível subiu de 16,2% para 18,6% na parcela feminina, mas caiu de 45% para 42,8% entre os homens.