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SÃO PAULO – De acordo com a diretora regional do Fundo das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Ana Falú, enquanto os homens gastam 70% do seu tempo de trabalho em atividades remuneradas, as mulheres gastam apenas 30% de seu tempo para esta finalidade.
Mas algumas políticas públicas ou de conscientização podem mudar este cenário, para que as mulheres se empenhem mais na carreira e também se realizem na vida profissional.
Políticas públicas
Segundo Ana Falú, o dado comparativo foi levantado para dar visibilidade e quantificar em dinheiro o trabalho que a mulher desenvolve e contribui para a sociedade. “Muitos países desenvolvidos, que iniciaram pesquisas de uso do tempo na década de 80, já implementaram políticas públicas de acordo com a situação retratada”, disse.
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Uma alternativa para as mulheres francesas foi a ampliação do horário de funcionamento das creches, das 6h às 20h. Essa pode ser uma opção para quem trabalha até mais tarde ou entra muito cedo na empresa.
Profissionais qualificados ficariam encarregados, por um momento do dia, de cuidar dos filhos, principais responsáveis pelo tempo das mulheres em atividade não-remunerada, além de atividades domésticas, estudo e lazer.
Paternidade responsável
A diretora ainda disse que uma outra ação poderia ser feita junto aos pais: uma campanha de paternidade responsável. Com isso, os homens gastariam mais seu tempo cuidando dos filhos e da casa e dividiriam as obrigações com as mulheres.
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Ana Falú disse que, em geral, os homens passam mais tempo com os filhos em atividades recreativas, enquanto as mulheres são responsáveis pelos cuidados com higiene, alimentação, saúde e educação.
Creches e família
Os exemplos acima mostram como as mulheres podem encontrar alternativas para deixar os filhos em locais seguros e se dedicar ao trabalho. Assim, gastariam mais tempo com as atividades remuneradas.