Mulher estuda o mesmo tempo, mas ganha menos que homens: veja explicação!

Para gerente de Comunicação do Grupo Soma, explicação pode estar nas funções que elas ocupam

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisa publicada pelo Fórum Mundial de Economia revelou que, apesar do mesmo grau de escolaridade entre ambos os sexos, os salários das mulheres brasileiras representam, em média, 58% dos ganhos dos homens.

A explicação para isso, de acordo com o gerente de Comunicação do Grupo Soma, Paulo Ishimaru, pode estar no fato de as mulheres exercerem funções com salários inferiores, em cargos operacionais de forma geral. “Porém, nunca nos deparamos com empresas solicitando o recrutamento e a seleção de mulheres pelo fato de elas receberem menos”, afirmou.

Reflexo do passado

Conforme disse Ishimaru, apesar de existirem preconceitos a serem vencidos, que são reflexos de uma sociedade machista, em empresas sérias não se faz diferenças de tratamento, salário ou cargos devido ao sexo da pessoa. Mesmo porque isso seria penalizado pela legislação brasileira.

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“Apesar de existirem falhas em nossa legislação, remunerar uma pessoa com base no seu sexo constitui quebra dos direitos trabalhistas. Além disso, a empresa pode receber multas do Ministério do Trabalho, ações penais como, por exemplo, de assédio moral”, explicou.

No entanto, o gerente de Comunicação faz uma ressalva: “Não podemos negar que há empresas míopes que acham que as mulheres não podem desempenhar liderança em ambientes de obras onde a força de trabalho predominante é masculina. Nosso conselho não é para as mulheres e sim para as empresas, que perdem a chance de ter ótimas profissionais por receios injustificáveis ou culturais”.

Pesquisa

A diferença de salários coloca o Brasil em uma péssima posição no ranking de igualdade nos rendimentos: de 130 nações, o País está em 100º lugar.

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No ranking geral, que considera também as diferenças em educação e saúde, o País ocupa o 73º lugar, uma posição acima da que ocupava no ano passado. A primeira colocada é a Noruega, seguida pela Finlândia e pela Suécia. Os últimos lugares são ocupados pelo Iêmen e por Tchade, que ficam na península Arábica e na África, respectivamente.

Mas, se por um lado o Brasil têm resultados ruins quando analisadas as oportunidades econômicas e políticas, por outro, recebeu boas avaliações em saúde e educação, com as mulheres apresentando uma expectativa de vida maior que a dos homens, e o mesmo grau de escolaridade.