Muita exigência e pouca auto-estima? Veja motivo e resultado do comportamento!

A resposta para as pessoas agirem desta maneira pode estar na infância: foram crianças muito cobradas ou super elogiadas

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A resposta pode estar na infância. Algumas pessoas são muito exigentes porque tiveram pais que cobravam muito. Ou então, eram demasiadamente elogiadas quando faziam algo bom. O resultado: elas cresceram e se tornaram pessoas com auto-estima baixa. A consequência disso para a carreira, porém, não é nada boa!

“São pessoas, se falarmos da infância, que foram exigidas demais. Então, ela vai acreditando que precisa ser excelente, que não pode errar. Provavelmente, foi uma criança condicionada à admiração. Mas nem sempre o que é elogiado tem auto-estima alta”, explicou a psicoterapeuta Clarice Barbosa.

À medida que esta pessoa foi crescendo, muitos vezes de maneira inconsciente, ela foi se subestimando. Ela acaba focando apenas em seus erros, naquilo que não faz bem, no que não conhece e, então, pode começar a ter problemas na vida profissional.

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As consequências

Em primeiro lugar, de acordo com Clarice, esta pessoa começa a traçar metas irreais na vida profissional. “Ela não trabalha limites e pode chegar a desenvolver um estresse, principalmente se trabalhar em uma empresa que exige muito dela”, afirmou.

Uma outra consequência de agir desta maneira é que a pessoa sempre estará duvidando de sua capacidade. No lugar de olhar tudo aquilo o que já construiu, ela só verifica os tijolos que estão
faltando para a obra. “Ele não valoriza o que faz e pode passar a não ser valorizado. Por outro lado, se é valorizado, simplesmente não percebe”, disse a psicoterapeuta.

Relações no trabalho

É fácil identificar este tipo de profissional: na avaliação de desempenho, ele sempre se dá notas baixas, devido ao alto grau de exigência que tem de si mesmo. “Se você pensar bem, por um outro lado, nossa sociedade também não enxerga com bons olhos aquele que se dá só nota 10. Isso está na nossa cultura”.

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Existe, de acordo com Clarice, uma avaliação que cada pessoa carrega de si mesma, que está na história dela. Questionada sobre como o profissional do perfil que analisamos se comporta com os demais, ela explicou que pode ser de duas maneiras. Na primeira, ele também cobra demais o próximo.

Na segunda, ele analisa sempre muito bem o outro. “Isso se ele trouxer em sua história o fato de que sempre vai ter alguém melhor que ele. Ele sempre vai ter a mania de se comparar e se subestima por causa disso”. Aí, começa a velha história de que a grama do outro está sempre mais verde!

Acordando para a realidade

O profissional consegue analisar que está se subestimando muito e exigindo demais de si mesmo se tem um grau de maturidade emocional muito alto. Ele ainda consegue acordar para a realidade se tiver muito autoconhecimento. O despertar também acontece, de maneira mais triste, dependendo do grau de sofrimento que tudo isso lhe causa. “Digo sofrimento porque a pessoa pode não expressar, mas a tortura é muito forte. São situação externas que pressionam para que ele procure ajuda”.

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A dica que Clarice dá para a pessoa não chegar a esta situação é a seguinte: “É sempre importante o profissional fazer uma avaliação do que ele domina bem. Tudo é tão agitado que a pessoa não para para perceber o que aconteceu, o que está dominando e o que já aprendeu”.